Desde o início do conflito, no dia 24 de fevereiro de 2022, mais de 30.000 pessoas estão em parte incerta.
Como acontece em qualquer guerra, o sofrimento não se esgota no teatro de operações. Para quem está em casa, a incerteza sobre o paradeiro dos familiares tem sido um tormento sem fim.
Iryna Reva perdeu o rasto do filho há quase dois anos. No seu último telefonema, Vladyslav disse-lhe que ia para a batalha. Iryna tentou dissuadi-lo, mas ele insistiu que tinha de defender o país, embora não soubesse se voltaria, acabando por desaparecer numa batalha na região de Donetsk.
Os familiares que desesperam à procura de informações sobre os seus entes queridos começam por fornecer uma amostra de ADN à Polícia Nacional Ucraniana. As amostras de ADN também podem ser enviadas a partir do estrangeiro, se os familiares da pessoa desaparecida tiverem saído da Ucrânia.
O ADN é um elemento essencial para determinar o paradeiro dos desaparecidos, especialmente se se tratar de um militar. Mesmo que outros soldados digam que assistiram à morte de um soldado em combate, isso não é suficiente para confirmar o óbito, disse Petro Yatsenko, chefe do gabinete de imprensa do serviço de coordenação para o tratamento de prisioneiros de guerra.
Mas nem sempre o ADN leva a algum lado e, por isso, surgiram vários projectos de voluntariado para ajudar as famílias que receberam pouca ou nenhuma informação das autoridades. O Comité Internacional da Cruz Vermelha já ajudou cerca de 8.000 famílias a obter informações sobre os seus entes queridos.
Até fevereiro, a Cruz Vermelha recebeu mais de 115.000 pedidos de auxílio para localização de desaparecidos Ucrânia e na Rússia.
euro news