Soam estridentes as campainhas do aquecimento global. Apesar de todas as reuniões e promessas políticas, na última década bateram-se recordes de emissões de gases que provocam o efeito de estufa. De tal forma que a ONU corrige a previsão: se não houver uma mudança profunda, até ao final do século a temperatura pode aumentar 3,5º Celsius.
O secretário-geral das Nações Unidas regista que “estamos num caminho para o aquecimento global de mais do dobro do limite de 1,5º acordado em Paris” e sublinha que “alguns líderes governamentais e empresariais estão a dizer uma coisa mas a fazer outra”.
O relatório de peritos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) faz um diagnóstico sem rodeios da situação atual.
“A grande mensagem que vos transmitimos, as actividades humanas conduziram-nos a este problema e a acção humana pode tirar-nos de novo dele e penso que essa é a mensagem de esperança que estamos a tentar transmitir neste relatório. Nem tudo está perdido. Temos realmente a oportunidade de fazer alguma coisa,” diz James Skea, co-autor do relatóio do IPCC.
Os especialistas dizem que ainda é possível evitar a catástrofe. Para isso, as emissões globais devem ser reduzidas em 45% nos próximos oito anos.
Os dados mostram que 40% dos gases vêm da Europa e da América do Norte. Cerca de 12% pode ser atribuído à Ásia Oriental, que inclui a China. euronews