“A Democracia que Nasceu sem um Presidente”, que relembra os 40 anos da morte de Tancredo Neves, primeiro presidente civil eleito após a ditadura militar (1964-1985), é o tema da exposição sobre os 40 anos da redemocratização do Brasil aberta a visitação no Museu Municipal Deolindo Mendes Pereira.
A mostra, que vai até a primeira semana de maio, destaca uma fotografia de Tancredo ao lado dos mourãoenses Francisco Irineu Brzezinski, então deputado federal, e Amélia de Almeida Hruschka, deputada estadual, ambos votantes na eleição indireta de janeiro de 1985. A escolha de Tancredo marcou o fim oficial do regime militar.

A exposição também exibe jornais e revistas da época que noticiaram a morte do presidente eleito, além de uma cópia do convite da recepção oficial programada para o Palácio do Itamaraty em 15 de março daquele ano, direcionado ao então deputado federal Amadeu Geara. O evento contou com a presença de Risoleta Neves, primeira-dama, representando Tancredo, que estava hospitalizado.
Outro destaque é a cópia da carta enviada pelo Papa João Paulo II ao presidente José Sarney, que assumiu o cargo após a morte de Tancredo. O público também pode assistir a dois vídeos: um documentário recente da TV Cultura sobre o processo de redemocratização do Brasil e imagens do velório de Tancredo, cedidas pelo Arquivo Público de Minas Gerais.
ASC/PMC