Achar o buraco justo no queijo suiço foi tarefa cumprida por um volante que veio de trás para surpreender. Casemiro encostou em Vinícius Junior que recebeu bola aberto na ponta, Vini passou para Rodrygo que tocou para Casemiro que estava no buraco certo; sem cacoete de atacante, mas sabendo o que tinha que fazer, o volante girou de primeira e meteu no ângulo de Sommer depois de 82 minutos de martelação. O Brasil venceu por 1 a 0, se classificou em primeiro do Grupo G e agora tem tempo para pensar nas oitavas e não em Camarões, seu próximo adversário.
O JOGO
A seleção da Suiça enfrentou o Brasil na segunda rodada do Grupo G nesta segunda-feira, 28, e fez juz à fama de Ferrolho que tem por sua tradição em jogar fechada na defesa com onze jogadores. Em 2006 os suiços foram eliminados da Copa na Alemanha sem sofrer nenhum gol, nesta segundona brava, eles adotaram a mesma tática desde o primeiro minuto e irritaram os mais de 40 mil torcedores que compareceram ao 974 Stadium.
O Brasil comandou o jogo, mas encontrou uma muralha vermelha que não queria jogo. Os suiços estudaram bem o Brasil e perceberam que tinham que dobrar a marcação em cima de Vinícius Junior e a coisa funcionou durante todo o primeiro tempo.
Quando Vini recebia a bola de costas a chegada do segundo marcador era imediata, nas raras vezes em recebeu de frente o segundo marcador demorou, mas também chegou, e isso, fez com o Brasil ficasse trocando bolas de um lado para o outro sem levar grande perigo à meta do bom goleiro Sommer.
Neymar faz falta ? Talvez nem seja isso, é que o Brasil hoje tem Fred no meio campo aumentando a proteção mas deixando o time mais lento. Com um adversário tão dedicado taticamente, Tite preferiu manter o cadeado fechado no meio campo, mas a seleção perdeu em criatividade e não conseguiu achar o furo no queijo suiço no primeiro tempo.
REVEJA OS MELHORES MOMENTOS E O GOL DA PARTIDA
SEGUNDO-TEMPO
Tite viu as mesmas limitações que todo mundo estava vendo e tratou de voltar para ao segundo tempo com Bruno Guimarães no lugar de Fred. A mudança trouxe mais criatividade para o meio-campo, mas não abriu da marcação forte.
A entrada de Rodrygo no intervalo no lugar de Paquetá, doou a Vinícius Junior um aleado para enfrentar a dobrada dos zagueiros suiços e foi por ali que saiu o gol que valeu a vitória. Tite colocou em jogo ainda Antony no lugar de Raphinha para dar sangue novo ao ataque e Gabriel Jesus entrou no lugar de Richarlison, tirando o Brasil da área, mas aumentando a capacidade de mobilidade da bola. As mudanças demoraram para dar resultado e houve um momento que o Brasil chegou a parecer que estava perdendo o meio-campo, mas a habilidade desse conjunto com a entrada de gente descansada trouxe resultado.
Aos 18 minutos Vinicius Junior recebeu bola na corrida, superou o zagueiro na velocidade, entrou na área, olhou para o goleiro caindo, deu um leve toquinho para ajeitar e depois com um tapa rasteiro tirou o goleiro abrindo o placar. O VAR viu impedimento de Richarlison e acabou com a festa.
Aos 82 minutos quando parecia que o Brasil não acharia o buraco certo do queijo para chegar ao gol, aconteceu a proeza de Casemiro; o homem veio de trás e surpreendeu a defesa que já estava ficando louca, mas que ainda dava conta de Vinícius e Rodrygo. O Brasil é uma seleção de muitas soluções e hoje, depois de 92 anos de Copas e de três partidas contra a Suiça, a seleção conseguiu finalmente furar o Ferrolho Suiço e vence-lo em uma Mundial. Nas outras duas vezes que Brasil e Suiça tinham se enfrentado em Copas, o placar tinha ficado no empate.
O resultado veio, e se fosse empate nem dava para condenar. A Suiça é timinho horrível e que não quer saber de jogar futebol, mas dessa vez o talento venceu e convenceu de novo.