Terramotos na Turquia e na Síria provocaram mais de 9.500 mortos, de acordo com uma nova avaliação provisória. O tempo frio dificulta a procura de sobreviventes
No sudeste da Turquia, o epicentro dos dois sismos que ocorreram na segunda-feira de manhã, o número de mortos aumentou para pelo menos 6.957. Na vizinha Síria, pelo menos 2.547 pessoas foram mortas.
O número de mortos após os terramotos de segunda-feira continua a aumentar à medida que mais vítimas são encontradas por baixo dos escombros.
Os esforços de salvamento no sul da Turquia e no norte da Síria continuaram durante uma segunda noite, mas estão a ser dificultados por temperaturas gélidas e estradas danificadas.
Um esforço internacional de ajuda está a ser feito, mas a entrada de maquinaria está a revelar-se difícil com estradas bloqueadas por escombros e veículos.
Uma força operacional conjunta portuguesa, parte esta quarta-feira para a Turquia para apoiar as operações de busca e salvamento. É composta por 53 operacionais da Proteção Civil, da GNR, do Regimento Sapadores Bombeiros e do Instituto Nacional de Emergência Médica.
O Presidente turco Recep Tayyip Erdogan declarou o estado de emergência de três meses em 10 províncias afetadas, o que deverá facilitar a gestão da resposta de emergência.
Erdogan salienta a necessidade de “tomar medidas extraordinárias” durante o estado de emergência.
“Gostaria de lembrar (ao público em geral) que ninguém deve utilizar as estradas que conduzem à zona sísmica e dentro dela, a menos que seja obrigatório, e que não devem ser feitas chamadas telefónicas exceto para necessidades urgentes”, declarou o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan
Embora a assistência esteja lentamente a chegar à Turquia, a logística e a política de ajuda à Síria, especialmente nas áreas vulneráveis do noroeste, são muito mais complicadas. 11 anos de guerra civil e de sanções internacionais contra o regime de Assad estão a criar obstáculos.
O grupo de Defesa Civil conhecido como Capacetes Brancos, que está mais habituado a trabalhar em edifícios bombardeados, está espalhado por toda ?area atingida pelos sismos.
As suas poucas escavadoras disponíveis sao deslocadas de uma cidade para a outra para responder aos inúmeros pedidos de ajuda. Os sírios dizem que se sentem abandonados.
Vinte e três milhões de pessoas estão “potencialmente em risco, incluindo cerca de cinco milhões de pessoas vulneráveis”, advertiu a Organização Mundial de Saúde. A OMS tinha dito anteriormente que temia “um número de mortos oito vezes superior aos números iniciais”. euro news