Milão foi a cidade onde nasceu e também onde morreu Silvio Berlusconi. Foi nesta cidade italiana onde começou a carreira como promotor imobiliário antes de criar um império mediático. Esta quarta-feira, dia do seu funeral, onde milhares de italianos compareceram a praça D’Uomo para o último adeus.
“Acho que ele era uma pessoa muito empática com as outras pessoas. Sua maior falha foi o facto de que, como chefe de Estado, ter construído uma má reputação para o país”, diz uma habitante de Milão.
A morte de Berlusconi põe em risco o futuro do seu partido político e do governo italiano.
- fotos: euro news
“Algo terá que acontecer. Alguém terá que assumir os seus eleitores. Mas acho que as coisas já mudaram. Giorgia Meloni parece ter entendido o estilo de comunicação de Berlusconi. Ela já aprendeu a sua forma de fazer política”, comenta outro habitante.
Berlusconi continua a dividir opiniões. O seu funeral atraiu milhares de pessoas. Alguns dos habitantes que se reuniram na Piazza Duomo têm boas lembranças dele.
“Por mais que não tenha agradado a todos os italianos do ponto de vista político, do pinto de vista humano, como pessoa, foi alguém que deu muito à cidade de Milão”, realça um jovem.
“Parece que os italianos têm sentimentos contraditórios sobre Silvio Berlusconi e o seu legado, embora aqui, em Milão, as coisas sejam um pouco diferentes. O vínculo entre Silvio Berlusconi e a cidade onde ele nasceu e as suas pessoas sempre foi forte. Ele é visto como alguém que fez muito pela cidade e isso vê-se nas muitas pessoas que aqui vêm prestar homenagem ao ex-primeiro-ministro. E foi aqui onde, de fato, a família de Berlusconi decidiu celebrar o seu funeral”, conclui a enviada da Euronews a Milão, Giorgia Orlandi. euronews