O aviso da organização surge na sequência dos crescentes apelos a Israel para que tome as medidas “adequadas” contra os envolvidos na morte de sete trabalhadores humanitários em ataques de drones em Gaza, a 1 de abril.
Os trabalhadores humanitários da World Central Kitchen (WCK) mortos, o australiano Lalzawmi “Zomi” Frankcom, o norte-americano Jacob Flickinger, o polaco Damian Sobol e os britânicos James Kirby, John Chapman e James Henderson, viajavam com o intérprete palestiniano Saifeddin Issam Ayad Abutaha.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Daniel Hagari, declarou que a morte foi uma “tragédia“, as IDF assumem “toda a responsabilidade” pela mesma e que foi o resultado de um “erro de identificação” em condições complexas.
Este erro de identificação e classificação operacional foi o resultado de falhas internas que levaram a que uma informação crítica relativa à operação humanitária não chegasse corretamente à cadeia de comando”, afirmou Hagari.
Na sexta-feira, uma investigação interna levou à demissão de dois oficiais e à repreensão de outros três. As IDF afirmaram que estes oficiais não tinham tratado corretamente as informações críticas e que tinham violado as regras de empenhamento do exército.
A WCK apelou a uma investigação independente
A instituição de caridade afirmou que tinha sido autorizada pelo exército israelita a transferir os fornecimentos de ajuda. Três veículos que se deslocavam a grandes distâncias foram atingidos sucessivamente.
O governo australiano quer que Israel preserve todas as provas da investigação do ataque para permitir uma análise mais aprofundada, se necessário.
A Ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Penny Wong, afirmou que o seu governo espera “uma responsabilização total” por parte de Israel.
“Foi uma falha mortal de desconfiança. Não pode ser posto de lado e não pode ser encoberto”, afirmou.
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