O apelo fez parte de recente pronunciamento do presidente Biden, destacando a importância de uma forte industrialização do país.
E aqui? Alguém já ouviu um presidente liderando semelhante apelo:
VIVE NO BRASIL? COMPRE PRODUTOS BRASILEIROS.
Não. Um apelo pela reindustrialização do Brasil seria visto como xenofobia ou isolacionismo.
Tornou- se comum ouvir: o que é nacional não presta ou o importado é sempre melhor.
Viu só? O produto chinês é mais barato que o nosso. Pode até não ser de boa qualidade, principalmente o adquirido via Paraguai, mas o preço vale a pena.
O industrial brasileiro faz as contas: excesso de burocracia, impostos abusivos, juros mais altos do mundo…
E o vaivém de empresas que surgem, mas que sucumbem antes de 01 ano, tornou- se fria estatística, mais nada.
Surgiu tarde a nossa industrialização. Até o final do século XIX, o predomínio das ” comodities” comandadas pelo rei CAFÉ. Lá fora, os europeus, os japoneses, os norte- americanos e, ultimamente, os chineses apostaram na educação de qualidade e de tecnológica vertente , cientes de que o crescimento dependeria também de uma indústria forte.
Geadas, pragas, café em crise, desvalorização da indústria nacional e do próprio transporte ferroviário, elegemos um novo rei:o SOJA.O nosso PIB deixou de estar centrado no café, na industrialização que não se fortaleceu suficientemente e o país voltou ao ciclo predominante das “comodities”.
Aqui não se aposta na qualificação educacional. Em toda parte, escolas em ruínas, mal equipadas, professores sem perspectivas de aperfeiçoamento e mal pagos. Admiramos, por exemplo, a pequena Coreia do Sul que, longe de se preocupar em instruir as crianças a respeito da ideologia de gênero, investiu em programas de modernidade educacional e que exibe hoje uma renda 3.8 superior à do Brasil.
O país precisa de um planejamento de Estado a ser respeitado por presidentes que, periodicamente, assumem o governo.
Sem uma indústria forte, não haverá um Brasil forte. Hoje, encolhidos e tecnologicamente dependentes assistimos à compra de nossas maiores empresas por bagatelas pelas potências estrangeiras, na tola expectativa de que elas haverão de
cuidar de nossa “casa” melhor do que nós mesmos.
Ao lado do México e da Argentina, não estamos conseguindo caminhar para a independência tecnológica e econômica de que tanto necessitamos.
A China, ao mesmo tempo socialista e capitalista, modernizou a própria economia e não admite se vender à Rússia ou aos EUA. Aqui, a privatização de empresas públicas sob a via de capital aberto, é o mesmo que aceitar passivamente a internacionalização de nossa pátria.
Não somos xenófobos, mas que tenhamos a coragem de defender o que é nosso :
VIVE NO BRASIL? COMPRE PRODUTOS BRASILEIROS.
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