A Ucrânia acordou na manhã de segunda-feira com bombardeamentos de grande intensidade em várias cidades do país. Um hospital pediátrico em Kiev foi um dos alvos que mais danos sofreu.
Ao final do dia de segunda-feira, estavam contabilizados pelo menos 36 mortos e mais de 140 pessoas feridas na vaga de ataques, informou o chefe de gabinete de Zelenskyy, Andriy Yermak.
Duas das vítimais mortais foram atingidas no Hospital Pediátrico de Ohmatdyt, que sofreu grandes danos devido aos bombardeamentos.
Vitaliy Klitschko, presidente da Câmara de Kiev, revelou entretanto que as duas pessoas que morreram no hospital eram adultos – um dos quais era médico. Declarou também o dia 9 de julho como dia de luto na cidade.
Os bombardeamentos desta segunda-feira foram os mais pesados contra Kiev em quase quatro meses, tendo sido atingidos sete dos dez distritos da cidade.
Rússia nega ataque planejado a hospital
A Rússia negou ter visado o hospital, afirmando que o edifício foi atingido por fragmentos de um míssil de defesa aérea ucraniano. Mas a Ucrânia diz ter encontrado restos de um míssil de cruzeiro russo.
“Estou grato a todos os ucranianos que começaram a publicar vídeos onde se pode ver, especificamente, não uma parte deste ou daquele míssil, mas um ataque direto de míssil que feriu e matou muitas pessoas na Ucrânia hoje”, disse Zelenkskyy na Polónia, onde assinou esta segunda-feira um acordo bilateral de segurança com o primeiro-ministro Donald Tusk.
O presidente ucraniano prometeu também “dar uma resposta forte” à “agressão” russa.
Kiev instou os aliados da Ucrânia, que se reunirão numa cimeira da NATO em Washington esta semana, a tomarem rapidamente uma decisão para ajudar a reforçar as defesas aéreas do país, afirmando que os atuais sistemas são “insuficientes”.
Reações aos ataques russos
Vários líderes e governos ocidentais reagiram aos ataques da Rússia.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, classificando os ataques como “hediondos”, afirmou que serão tomadas decisões na cimeira da aliança militar desta semana para reforçar o apoio à Ucrânia.
Também o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou os ataques, considerando-os “particularmente chocantes” de acordo com o seu porta-voz, Stéphane Dujarric. euronews