O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, quer antecipar as festas de Natal do país para 1 de outubro.
O líder chavista anunciou a decisão durante um discurso na segunda-feira à noite no seu programa de televisão ‘Con Maduro +’, no qual também aludiu ao apagão que deixou cerca de 80% do país sem eletricidade na sexta-feira, que descreveu como um “ataque elétrico criminoso” e que atribuiu aos seus opositores e à alegada interferência do exterior.
“Estamos em setembro e já cheira a Natal”, disse Maduro, que declarou que a antecipação das férias de Natal por decreto seria uma demonstração de ‘homenagem’ e ‘gratidão’ aos seus apoiantes. “Para todos, o Natal chegou, com paz, felicidade e segurança”, disse ele.
Juiz ordena prisão de Edmundo González
O anúncio foi feito poucas horas depois de um tribunal venezuelano ter emitido um mandado de captura para o ex-candidato presidencial da oposição Edmundo González na segunda-feira, a pedido do Ministério Público.
As autoridades solicitaram a ordem depois de Edmundo González não ter comparecido três vezes consecutivas para responder às perguntas do Ministério Público. González, de 75 anos, não aparece em público desde o dia seguinte às eleições.
O líder da oposição já tinha criticado, há mais de uma semana, a convocação do procurador venezuelano, considerando-a “sem garantias de independência e de um processo justo” e apontando o procurador-geral como “um acusador político” que “o condena antecipadamente”.
A União Europeia (UE) ainda não reconhece nenhum dos dois candidatos como vencedor das eleições e exige a publicação de todos os registos eleitorais, o que, segundo a oposição, provaria a derrota de Maduro. euronews