O líder de um dos grupos mais longevos da música gaúcha – Gildinho – morreu aos 82 anos na tarde deste sábado, 11. Ele fundou “Os Monarcas” em 1974.
Nésio Alves Corrêa, mais conhecido como Gildinho nasceu em Soledade no dia 18 de janeiro de 1942. Logo na juventude, se destacou como acordeonista e cantor. Em 1961, Nésio saiu de Soledade e foi para Erechim, em busca de se tornar músico profissional. Iniciou a carreira tocando nos programas de auditório em rádios de Erechim, como o Amanhecer no Rio Grande, pela Rádio Difusão e, mais tarde, o Assim Canta o Rio Grande, pela Rádio Erechim. Foi no rádio, devido ao seu favoritismo pelas músicas de Gildo de Freitas, que recebeu o nome artístico de Gildinho. Com a audiência dos programas, começou a animar pequenos bailes na região. Em 1967 formou com o irmão caçula a dupla Gildinho e Chiquito e, em 1972, os dois fundaram o grupo Os Monarcas. Em agosto de 2016 passa a integrar a Academia Erechinense de Letras.
ESCRITORA MARINGAENSE RAILDA ESCREVE CARTA PARA GILDINHO
“O que dizer? Como justificar o silêncio que nos deixa a maior estrela de nosso firmamento gaúcho? Quantos sorrisos se fecham no dia de hoje. Quantas lágrimas caem enquanto recordações dos bailes dos Monarcas nos invadem o pensamento. Quisera esse sábado sem o Gildinho não existisse na agenda divina. Sabemos que ele foi tocar um baile lá no galpão do céu. Está nos braços do Senhor, dedilhando sua acordeona encantada. Enquanto isso, ficamos todos órfãos desse ser humilde e talentoso. A música gaúcha jamais será a mesma sem nosso Monarca maior. O Brasil se despede de quem nos fez tão felizes. Até breve, padrinho das Anitas Garibaldi do Paraná. Agenda um baile que estamos na fila da bilheteria”.
Railda Masson