Demorou mais 6 meses, mas os 44 artistas maringaenses que se inscreveram no Prêmio Reconhecimento Por Trajetória Cultural em Maringá, finalmente assinaram os contratos que lhes garante R$ 220 mil em recursos, R$ 5 mil para cada artista, que teve inscrição aprovada após cumprirem minuciosos requisitos previstos no edital.
As inscrições passaram por duas fases até serem aprovadas definitivamente. Na primeira fase foram analisados aspectos documentais e burocráticos, já na segunda, especialistas do setor analisaram os currículos artísticos do candidatos. Foram contemplados artistas nos segmentos das Artes Cênicas, Arte Popular, Arte Urbana, Arte Visual, Audiovisual, Dança, Gestão e Produção Cultural, Literatura e Leitura, Música e Patrimônio Cultural.
A cerimônia simbólica de assinatura dos contratos aconteceu na tarde desta quinta-feira, 31 de março, na sala térrea do Paço Municipal.
O escritor e poeta Jaime Vieira, autor de vários livros e membro da Academia Maringaense de Letras, foi um dos contemplados com o Prêmio.
“Estou feliz porque é um reconhecimento do trabalho que fizemos durante toda a carreira, por isso agradeço e estendo a homenagem recebida aos membros da AML e também da Unijore- Uniao Dos Jornalistas E Escritores De Maringá”, disse Vieira.
Para a Lissandra Sucena que há 23 anos atua no segmento das Artes Populares e Cultura Afro-Brasileira, “se trata de um reconhecimento muito relevante já que a Cultura foi um dos setores que mais sofreu por não conseguir desenvolver suas atividades nos dois primeiros anos da pandemia”. Lissandra é Capoeirista, Produtora Cultural e trabalha difundindo e ensinando a Arte que mistura dança, música, arte marcial que forma um grande recipiente cultural e expressão de Folklore Afro-Brasileiro.
O secretário de Cultura Victor Simião afirma que há consenso entre os gestores de muitos municípios do Brasil, de que os recursos emergenciais da Lei Aldir Blanc foram aprovados, mas que houve um esforço para que fossem devolvidos, e que isso só não aconteceu por aqui, porque Câmara e Município se empenharam para aprovar a Lei que deu vida ao edital que tem recursos do Governo Federal para conseguir finalizar todo o processo burocrático em tempo hábil . Simião reconhece que os tempos burocráticos são longos para quem tem que esperar o resultado, mas que o processo tem que respeitar os tempos e etapas previstas para que tudo seja regular e para que as contas sejam aprovadas. O secretário explica que teria sido mais fácil devolver os recursos, mas que teria sido uma derrota para o setor cultural que hoje pode receber um pequeno contributo para poder continuar produzindo conteúdos para o setor.
“A grande verdade é essa; a lei Aldir Blanc foi aprovada para se devolver os recursos”, diz Victor, e alegação principal que chegavam das esferas federais diziam que não haveria tempo para concluir todo o processo dentro do tempo previsto na Lei. “A liberação destes recursos é um reconhecimento aos artistas que ajudaram a construir a história da Cultura da Cidade”, concluiu o secretário.
Segundo Simião, já na próxima semana é possível que os contemplados em outro edital da Aldir Blanc, o Bolsa Pesquisa e Fazer Artístico também assinem os contratos para poderem dar início a 48 produções artísticos em seus vários âmbitos que serão colocadas à disposição da cidadania em várias ocasiões que serão divulgadas no calendário cultural da cidade.