De acordo com Emanuel Maltempi de Souza, professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular e presidente da Comissão de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19 da UFPR, o conhecimento científico acumulado durante décadas permitiu que o mundo estivesse preparado para enfrentar a pandemia.
Contudo, ele aponta que os atrasos nos sistemas de testagem, no desenvolvimento de vacinas e formas de terapias para os doentes no Brasil ressaltam a falta de investimento em ciência no país. “Espero que a forma como o mundo enfrentou a Covid-19 possa indicar aos nossos governantes que o investimento em ciência é fundamental e nos deixa preparados para quaisquer desafios que venham pela frente”, reconhece.
“Vivemos um desafio sem precedentes, mas avançamos muito. O desenvolvimento das vacinas foi acelerado e, em menos de um ano, temos várias vacinas em uso e outras tantas em fases finais de testes. Algo que só a ciência é capaz de proporcionar”, complementa Patrícia Dalzoto, professora do Departamento de Patologia Básica da UFPR, uma das pesquisadoras responsáveis por esclarecer as dúvidas da sociedade.
Assim como a professora Patrícia, participaram dessa edição do Pergunte aos Cientistas os professores Breno Beirão, também do Departamento de Patologia Básica da UFPR; Alexandra Acco, do Departamento de Farmacologia; Vânia Vicente, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia; Douglas Adamoski, do Departamento de Genética da Universidade; Sônia Raboni, do Setor de Ciências da Saúde; Alexander Biondo, do Departamento de Medicina Veterinária; e Bernardo Montesanti de Almeida, médico do Serviço de Epidemiologia Hospitalar e da Unidade de Urgência e Emergência Adulto do Complexo Hospital de Clínicas da UFPR.
Na próxima edição da ação, os cientistas responderão perguntas da sociedade sobre novas variantes do coronavírus. Para participar, o remetente pode enviar sua dúvida até o dia 9 de junho para o e-mail agenciacomunicacaoufpr@gmail.com ou para as redes sociais da Agência Escola (Instagram, Facebook e Twitter). Na mensagem, deve também informar seu nome completo, idade, profissão e cidade onde reside.
Novas variantes
“O corona é um vírus potente ao ponto de causar a morte de uma pessoa saudável de meia idade com facilidade? Além disso, o que difere tanto a Covid-19 em questão de danos ao corpo de uma gripe forte?”
(Leandro Brandão de Paula, 22 anos, contador, Curitiba-PR)
Douglas Adamoski, cientista UFPR – O coronavírus, assim como o vírus causador da gripe comum e outros, foi sofrendo pequenas alterações em seu material genético causadas por pequenos erros na hora em que o mesmo se multiplica nas células. Várias delas não ocasionaram diferença significativa no vírus final, mas algumas acabaram alterando alguns trechos da chamada proteína “Spike”, que é justamente o pedacinho do vírus que entra em contato com as nossas células para conseguir invadi-las. Dentre os vírus “errados”, alguns mudaram a Spike de tal forma que ela começou a interagir melhor com a proteína ACE2 de nossas células, permitindo um melhor “encaixe”. Isso trouxe como consequência uma facilidade ainda maior do vírus infectar uma pessoa, o que justifica o aumento do número de casos entre pessoas saudáveis e jovens, mesmo com uma exposição menor a ele. Além disso, com o mesmo número de cópias de si mesmo, o vírus consegue atingir com mais eficiência mais células, aumentando os riscos de causar efeitos mais graves, mesmo em pessoas com o sistema imune completamente funcional.
Uso de máscaras
“Fiquei em dúvida quanto à recomendação de uso da máscara N95, pois havia compreendido que a máscara N95 tinha sua indicação apenas para profissionais de saúde prestando cuidados em procedimentos formadores de aerossóis”
(Luciana Rodrigues da Cunha, 39 anos, psiquiatra, Belo Horizonte-MG)
Bernardo Montesanti de Almeida, cientista UFPR – Olá, Luciana. Considerando os atuais conhecimentos sobre a capacidade do SARS-CoV-2 de ser transmitido por aerossóis e que as máscaras N95, ou PFF2, possuem maior eficácia de proteção, hoje sabe-se que elas podem e devem ser utilizadas pela população, mesmo fora de instituições de saúde. O uso desse tipo de máscara é mais relevante em locais ou situações de maior risco, como ambientes pequenos, pouco ventilados e com muitas pessoas. Alguns países europeus instituíram em lei a obrigatoriedade de utilização dessas máscaras em transporte público. Há a barreira do custo, que dificulta a utilização no Brasil em grande escala, que pode ser amenizada com sua reutilização.
“Gostaria de saber se existe algum tecido que ofereça proteção equivalente à máscara, pois as pessoas poderiam confeccionar suas próprias máscaras já que estão em falta no mercado” (Cynthia Faria, 46 anos, estudante, Matinhos-PR)
Bernardo Montesanti de Almeida, cientista UFPR – Olá, Cynthia. As máscaras de tecido são bastante heterogêneas quanto à eficácia de proteção. Existem algumas que se equivalem às máscaras cirúrgicas, como as compostas por tripla camada, particularmente que contenham poliéster ou seda em sua composição. Esses tecidos possuem efeito eletrostático e, desta forma, além da barreira física, exercem atração das partículas de gotícula, que passam a ter mais dificuldade de atravessarem a máscara. Essas questões são altamente relevantes e não foram muito exploradas na comunicação para a população em geral, que acredita que todas funcionam da mesma forma.
Vacina
“Já há estudos para uma vacina para o coronavírus? Esse remédio que tanto se fala pode tratar o vírus?”
(Izelda Marcelina Faria, 43 anos, Mangueirinha-PR)
Breno Beirão, cientista UFPR – Avançamos muito no desenvolvimento de vacinas no período de um ano desde o espalhamento da Covid-19 pelo mundo. A pesquisa, a testagem e a aplicação comercial das vacinas contra o SARS-CoV-2 aconteceu em velocidade inédita na história. Desde a instauração dos métodos atuais de controle de qualidade para o lançamento de vacinas, nunca um produto havia sido criado e lançado em um período inferior a um ano. Isso aconteceu porque a crise instalada pela pandemia incentivou inúmeros grupos de pesquisa ao redor do mundo a buscar soluções contra a doença. Do mesmo modo, as agências reguladoras, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e comitês de ética em pesquisa, passaram a analisar os pedidos de testes e registros de imunizantes contra a Covid-19 de maneira prioritária, “furando” a fila de análise de outras pesquisas e produtos. O foco da sociedade dado à doença permitiu, assim, resultados dos quais a humanidade deve se orgulhar. Evidentemente, as vacinas que estamos usando hoje não nasceram “do nada”. Não houve milagres nem avanços atropelados, como se pode acreditar pela velocidade com que tudo aconteceu. A vacinologia já vinha progredindo rapidamente e silenciosamente ao conhecimento dos leigos. Quando a pandemia apareceu, bastou que se aplicassem os conhecimentos que os pesquisadores já haviam acumulado em décadas de pesquisas.
As epidemias anteriores de coronavírus (SARS e MERS) já nos haviam ensinado muito sobre o que seria necessário para que tivéssemos boas vacinas contra esses vírus. Mesmo pesquisas mais antigas e mais “básicas” (nem toda pesquisa tem uma aplicação imediata para a sociedade, mas constroem as bases para outros avanços) construíram uma plataforma de conhecimento sobre a qual nos apoiamos para estarmos hoje sendo vacinados contra essa doença. Novas vacinas ainda serão lançadas contra a Covid-19, diferentes e talvez melhores, porque essa é a função da pesquisa, seguir sempre avançando. Se chegamos aqui, foi porque todos nós escolhemos dedicar tempo e recursos da sociedade para que isso fosse possível.
Infelizmente, a descoberta de antivirais eficazes contra o SARS-CoV-2 seguiu ritmo mais lento, e o tratamento de pessoas com Covid-19 baseia-se ainda majoritariamente na redução dos sintomas e dos danos causados pelo vírus. Ainda assim, já houve avanços, e agentes como o antiviral “remdesivir” já tem comprovação definitiva de eficácia contra essa doença. Há uma dificuldade constante na pesquisa de agentes que tratam doenças virais (depois da infecção, ou seja, vacinas não entram nessa discussão, já que são preventivas e não terapêuticas). Há características próprias desses microrganismos que tornam difícil a descoberta de fármacos efetivos. Atualmente, o consenso científico é de que drogas como cloroquina e ivermectina têm pouca utilidade clínica. Como também é o caso com as vacinas, o estudo desses e outros fármacos seguirá, e é possível que novas descobertas sejam feitas nesse campo. Nesse ponto, o leitor deve observar algo sobre o que sabemos dos agentes antivirais. A sociedade passou a acompanhar o funcionamento das pesquisas científicas apenas agora, e muitas vezes há a impressão de que nenhuma informação é confiável e de que a ciência está sempre “mudando de opinião”. Pelo contrário, a ciência busca não emitir opinião, mas fatos, e os resultados que são passados à sociedade são sempre o melhor conhecimento que temos neste momento. Evidentemente, não estamos presos às informações que temos hoje. No futuro, novas pesquisas poderão trazer agentes antivirais novos ou jogar luz sobre o funcionamento de antivirais que já estão à disposição.
Testes e assintomáticos
“Os atendentes dos supermercados estão expostos diariamente à Covid-19. Desta forma é possível que mesmo não tendo os sintomas já tenham sido contaminados e já estejam imunes? Há algum teste sendo realizado neste sentido?”
(José Simão de Paula Pinto, 57 anos, professor, Curitiba-PR)
Sônia Raboni, cientista UFPR – José, a infecção assintomática ou com sintomas leves é possível entre os indivíduos expostos ao vírus, sendo que profissionais que têm contato frequente com diversas pessoas apresentam maior risco de infecção e podem já apresentar anticorpos contra o novo coronavírus. No entanto, hoje não dizemos mais que a presença de anticorpos anti-coronavírus torna a pessoa imune a essa infecção. A quantidade de anticorpos produzida após uma infecção usualmente não é muito alta e, provavelmente, não tem longa duração. Atualmente podemos afirmar isso porque foram relatados e comprovados casos de reinfecção em algumas pessoas. Estudos realizados com indivíduos que tiveram a infecção e aqueles que receberam a vacina demonstram claramente que a quantidade de anticorpos presentes no primeiro caso é menor do que aquela encontrada em pessoas que receberam a vacina. Assim, a vacinação é mais eficiente em imunizar os indivíduos do que ter a doença propriamente dita. De qualquer forma, por sabermos do risco de reinfecção, além de ainda não sabermos a duração desses anticorpos, recomenda-se a vacinação para as pessoas mesmo que já tenham se infectado, assim como que esses continuem utilizando as medidas não farmacológicas, como uso de máscara, desinfecção de mãos com álcool gel e distanciamento social para prevenção de novas infecções.
O vírus em superfícies
“Quanto tempo o vírus permanece vivo na mão e permanece nas superfícies?”
(Simone Moraes Christini, 46 anos, decoradora autônoma, de Curitiba-PR, e Mariana Thais Megel, 20 anos, estudante, de Curitiba – PR)
Vânia Vicente, cientista UFPR – Depende do tipo de superfície: o coronavírus pode sobreviver de horas até vários dias em certas superfícies e outros fatores como umidade e temperatura. Por isso, é recomendado limpar superfícies com água e sabão e, em seguida, desinfetar com álcool 70% ou usar produto de limpeza de uso geral. Entretanto, devemos ressaltar que as mãos representam um veículo de infecção, pois, se você pode tocar olhos e nariz em um intervalo reduzido antes de higienizá-las, você pode se contaminar. Por isso fiquem atentas sobre a importância lavar as mãos frequentemente e usar álcool em gel. Além disso, é muito importante que se tenha conhecimento sobre as fontes de contaminação ambiental e da necessidade de aumentar as medidas de desinfecção desses locais, por meio de limpeza frequente e uso de antissépticos eficazes, para diminuir a carga viral e de se manter as medidas preventivas pela população visando diminuir o risco de exposição ao vírus.
“O vírus sobrevive em ambiente externo? Recebi uma imagem afirmando que pode ser até nove dias e achei que pode ser um tempo muito grande” (Ana Carolina Rodrigues, 23 anos, estudante, Curitiba-PR)
Vânia Vicente, cientista UFPR – Olá, Ana Carolina. Há estudos mostrando que o coronavírus persiste com sua infectividade em superfícies como metal, vidro ou plásticos por até nove dias, mas em ambiente seco isso cai para seis dias. Em materiais porosos, como papel, a sobrevivência é bem menor. Porém, o vírus pode ser eficientemente inativado em apenas um minuto pela desinfecção destas superfícies com álcool 62% a 71%, peróxido de hidrogênio (água oxigenada) 0,5% ou hipoclorito de sódio (Q-Boa diluída 20 vezes) a 0,1%.
Um trabalho recente desenvolvido por pesquisadores da UFPR a respeito da circulação do vírus em ambientes odontológicos e hospitalares de Curitiba demonstrou que, nos locais onde havia uma intensificação de medidas de desinfecção por meio de limpeza frequente e uso de antissépticos eficazes, ocorria uma diminuição da carga viral. Assim, os pesquisadores ressaltam a importância dos procedimentos de desinfecção ambiental visando diminuir a exposição ao vírus e, consequentemente, o risco de infecção.
Os resultados positivos de análises ambientais podem ser utilizados como uma forma de alerta para população sobre essa fonte de contaminação e da importância das medidas de limpeza frequente e uso de antissépticos, além da necessidade de se manter as medidas preventivas como uso de máscaras, distanciamento e higiene constante das mãos.
Reinfecção
“Gostaria de saber mais sobre a reinfecção. Se eu estiver infectada hoje testando positivo para a Covid-19, fizer o tratamento e passar a testar negativo, posso ir ver meus pais sem medo de eventualmente desenvolver a doença novamente?”
(Fabiana Santos, 36 anos, bioquímica, Curitiba-PR)
Alexandra Acco, cientista UFPR – Olá, Fabiana. Evidências científicas sobre reinfecção pelo SARS-CoV-2 e casos de reinfecção foram relatados, inclusive no Brasil, especialmente entre profissionais de saúde que estão na linha de frente da pandemia. Dois estudos recentes, do Reino Unido e do Qatar, cada um abrangendo cerca de 40 mil indivíduos com teste positivo para Covid-19, estimaram a taxa de reinfecção de 0,7%. Embora a taxa seja baixa ou rara, há preocupação se as novas variantes do coronavírus podem infectar quem já foi contaminado com a cepa viral original, e qual a gravidade dessa reinfecção. Nesse contexto, outro estudo concluiu que a reinfecção com diferentes cepas é possível, e alguns casos podem apresentar infecções mais graves no segundo episódio. Também há dúvidas se um paciente que manifesta sintomas pela segunda vez foi de fato reinfectado ou se houve reativação da primeira infecção, e quais são os fatores que efetivamente levam determinados pacientes a apresentarem a doença mais de uma vez ainda. As descobertas recentes sugerem que a Covid-19 pode continuar a circular em uma região mesmo após atingir a imunidade de rebanho por meio de infecção natural ou vacinação, sugerindo a necessidade de mais esforços para mitigar a transmissão. Portanto, mesmo após recuperação de infecção pela Covid-19 ou após vacinação, temos que continuar com os cuidados básicos (uso correto de máscaras, higienização e redução de contatos sociais), para evitar reinfecções. No seu caso, você deve respeitar os 14 dias de isolamento antes de ter contato com outras pessoas que não sejam do seu convívio domiciliar.
Contaminação de pets
“Tenho um gato que fica pouco dentro de casa e sai algumas vezes na rua. Como agir? Qual o risco de trazer contaminação para os moradores da casa?” (Débora Ávila de Carvalho, médica, 60 anos, Pouso Alegre-MG)
Alexander Biondo, cientista UFPR – Olá, Débora. O vírus SARS-CoV-2, que é o causador da Covid-19 nas pessoas, pode infectar cães e gatos, principalmente pelos seus tutores infectados (e não contaminados, que é o termo usado para inanimados como toxinas, químicos e metais pesados), mas os pets têm raramente desenvolvido a doença. Além disso, não há descrição até hoje de transmissão do novo coronavírus proveniente de cães ou gatos para pessoas, mesmo seus tutores.No Brasil, até o momento (21/05/2021), um total de 13/90 (14,4%) cães e 8/53 (15,1%) gatos de tutores positivos foram testados e foram positivos, em um estudo multicêntrico coordenado pela UFPR em cinco capitais estaduais: Curitiba, Campo Grande, Belo Horizonte, São Paulo e Recife.
Recentemente, a morte de dois gatos por SARS-CoV-2 foi confirmada: um gato de quatro meses de vida da raça Ragdoll (de um total de 387 gatos testados) de um tutor clinicamente doente, mas não testado, e outro gato (de um total de 3.625 animais testados e 94 pets positivos) sem comorbidade e que foi eutanasiado pela severidade da condição clínica. Esse último estudo concluiu que, em raras circunstâncias, o vírus SARS-CoV-2 pode contribuir ou causar morte em gatos com comorbidades. No entanto, como já comentado, até o momento (21/05/2021), não há registro de transmissão de gatos para seres humanos, mesmo seus tutores de maior contato.
Com relação às demais doenças, é importante que o gato seja vacinado e desverminado anualmente, receber antipulgas sempre que necessário e fazer visitas regulares ao seu médico veterinário.
“Eu e meu marido ajudamos a cuidar de uma cachorrinha idosa que pertence a um batalhão de polícia. Durante o dia ela fica na secretaria onde trabalham alguns policiais e também transita pelo batalhão, mas à noite e aos fins de semana fica na nossa casa. A cachorrinha pode ser um risco de contágio pelo fato de viver nos dois ambientes?”
(Maria Aparecida S. Vergueiro Oliveira, 63 anos, coordenadora editorial, Santo André-SP)
Alexander Biondo, cientista UFPR – Olá, Aparecida. Até o momento (21/05/2021), no mundo todo, foram relatadas infecções naturais pelo SARS-CoV-2 apenas nos seguintes animais: 419 visons de fazendas, 115 gatos e 81 cães, 27 felinos selvagens, três gorilas, um ferret e um visom selvagem.
No Brasil, um total de 13/90 (14,4%) cães e 8/53 (15,1%) gatos de tutores positivos foram testados e foram positivos, em um estudo multicêntrico feito em cinco capitais estaduais: Curitiba, Campo Grande, Belo Horizonte, São Paulo e Recife. Nesse estudo, cães e gatos foram mais predispostos quando tiveram maior contato com seus tutores, particularmente dormindo na mesma cama e trocando “beijos e lambidas”.
Com relação às demais doenças, é importante que essa cachorrinha seja vacinada e desverminada anualmente, receba antipulgas sempre que necessário e faça visitas regulares ao seu médico veterinário.
Atividades ao ar livre
“Sobre a prática de exercícios ao ar livre, como caminhada, andar de bicicleta ou correr, é permitido? Além disso, crianças podem brincar no parquinho do condomínio ou na areia da praia?” (Caroline Portela, 36 anos, professora, Matinhos-PR)
“Estou ficando ao máximo em casa, tem algum problema andar de bicicleta? Saio apenas para me exercitar, e durante o percurso não falo com ninguém” (Rodrigo Carvalho)
Patrícia Dalzoto, cientista UFPR – Olá, Caroline e Rodrigo. Hoje, acredita-se que a prática de atividades físicas ao ar livre, respeitando o distanciamento social, não é responsável por um grande aumento nas taxas de infecção pelo SARS-CoV-2. A Organização Mundial da Saúde (OMS) salienta que é importante se manter ativo durante a pandemia e exercícios ao ar livre são recomendados, sempre com o uso de máscara e mantendo um distanciamento mínimo de dois metros de outras pessoas. Evitar aglomerações ainda é necessário, mesmo ao ar livre.
FONTE: Agência Escola de Comunicação Pública UFPR