foto: Giacomo d’Orlando/ ONU
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco aproveitou o encerramento da Conferência dos Oceanos da ONU, na sexta-feira, para lançar em Lisboa o relatório “O Estados dos Oceanos”.
O projeto piloto é uma iniciativa dos cientistas que integram a Comissão Oceanográfica Internacional da Unesco, COI. Em Lisboa, a ONU News conversou com o chefe de Ciências Oceânicas da agência da ONU, que é também o editor do relatório.
Microplásticos e acidificação
Henrik Enevoldsen falou sobre a importância de tornar acessível ao público em geral informações científicas sobre as condições atuais dos oceanos.
O documento dos cientistas da Unesco, menciona, por exemplo, o lixo marinho, revelando que os microplásticos representam entre 30 a 40% dos objetos que estão nas profundezas dos mares, sendo que 90% deste lixo estão em águas mais profundas do que 6 mil metros.
O relatório explica ainda o que é, afinal, a acidificação dos oceanos: “ao absorver um quarto das emissões anuais de CO2 da atmosfera, os oceanos acabam sofrendo um declínio do seu pH, quando o dióxido de carbono reage com a água marinha.”
Dados quantitativos
Este processo acaba ameaçando os ecossistemas e até a segurança alimentar, reduzindo a biodiversidade e ameaçando os peixes. Ao mesmo tempo em que a acidificação e as temperaturas dos oceanos aumentam, diminui a capacidade dos mares em absorver CO2 da atmosfera.
Segundo a Unesco, existe uma enorme falta de dados quantitativos sobre o estado atual dos oceanos e este documento pretende ser um passo inicial para que haja também mais partilha de informações sobre o assunto. ONU NEWS