A crise alimentar vai crescendo enquanto a Ucrânia não conseguir enviar para o mundo as toneladas de cereais que tem bloqueadas e os agricultores não tiverem condições para continuar a cultivar.
Nas terras onde já é possível semear, as máquinas agrícolas foram alvo dos bombardeamentos russos.
Mikhaylo Perushenko, empregado de uma empresa agrícola, explica: “A situação agora é que não temos máquinas agrícolas, recuperámos a terra que não está minada onde podemos trabalhar, mas não as máquinas porque foram na sua maioria destruídas, o equipamento principal está todo destruído”.
Também os portos por onde os cereais devem ser escoados estão minados. A Rússia diz que desminou o porto de Mariupol e rejeita a acusação de bloquear a saída dos cereais, dizendo que são as decisões dos países ocidentais as responsáveis pela situação.
A Ucrânia, com terrenos muito férteis, é um dos maiores exportadores mundiais de trigo, milho e óleo de girassol. É o oitavo maior produtor global de trigo, e estimava distribuir este ano quase 30 milhões de toneladas.
A Ucrânia e a Rússia exportam cerca de 30% do trigo mundial e a guerra está a atirar milhões de pessoas para a fome. O mundo procura alternativas.
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