Mãos que executam movimentos precisos e seguros dão vida a rochas de 3 metros de altura no belo cenário da paisagem rural Toscânia.
12 artistas provenientes da Itália, Espanha, Japão, Coreia, China, Irão e Arménia, estão trabalhando em conjunto para homenagear as vítimas da Covid-19 em todo o mundo.
Leonardo Degl’Innocenti O Sanni, presidente da câmara de Carviglia, na região de Arezzo, explica a ideia: “É uma mensagem que olha para o futuro com esperança, mas, no entanto, não esquecemos aquilo por que temos passado ao longo do último ano e meio. Foi um ano e meio de sofrimento e grandes sacrifícios. Por conseguinte, pensámos em dedicar esta iniciativa a todas as vítimas da Covid em Itália e no mundo”.
O escultor italiano, Bettino Francini, é o diretor artístico do projeto e constrói também uma obra nesta coletânea, cujo conceito, explica, é baseado no local onde os artistas estão trabalhando: “Isto são camadas de terra, que também causaram o desaparecimento de aldeias inteiras e eu quis representá-las através deste movimento orgânico, quero dizer, como almofadas em cima umas das outras, exatamente a forma como a terra está posicionada aqui em baixo”.
O repórter da Euronews, Luca Palamara esteve no ateliê ao ar livre a acompanhar o trabalho artístico: “Estas rochas estão lentamente a tomar forma graças às mãos habilidosas destes artistas, que vieram de diferentes países para esta pequena aldeia no coração da Toscânia, para deixarem a sua mensagem de amor e respeito por todas as vítimas da Covid-19 no mundo”.
O escultor arménio, Vighen Avetis, trabalha uma peça que representa a união dos géneros – masculino e feminino – na superação de tempos difíceis: “Este ano, este simpósio foi dedicado à Covid-19 e à memória do tempo que todos nós passámos e penso que a mensagem de harmonia está muito presente: homem e mulher formando um só rosto”.
Itahisa Perez Conesa, escultora espanhola, tenta reproduzir na pedra as vicissitudes de uma pele submetida ao desgaste do tempo e das dificuldades pelas quais as pessoas passam durante a vida: “O trabalho sobre a pele tem a ver com a dor que o mundo está a sofrer neste momento: como as pessoas mudam a sua superfície de acordo com o que está a acontecer à sua volta”.
Estes artistas vivem e trabalham juntos para darem ao mundo uma mensagem de esperança e fraternidade em obras que contarão a história destes tempos difíceis. Euro News
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