Estas ondas significam que a temperatura da água é 2, 3 ou 4 graus mais alta do que o esperado. São geradas pelo tempo mais quente, tal como acontece na terra, e podem ter um efeito devastador nos ecossistemas marinhos, especialmente em espécies como os corais. Com as alterações climáticas estão a tornar-se mais frequentes, mais intensas, e mais longas.
O biólogo marinho Joaquim Garrabou guia-nos numa das suas sessões regulares de mergulho, perto da estância de L’Estartit. O plano é mergulhar 15 metros abaixo da superfície para observar uma população de gorgónias, uma espécie de coral que está morrendo por causa das temperaturas mais elevadas.
Debaixo de água, Joaquim começa a pesquisa e identifica gorgónias mortas em áreas que há uma década estavam cheias de vida. A temperatura média no Mediterrâneo está subindo cerca de 0,4 graus por década.
As perspetivas são sombrias, mesmo com os esforços para travar o aquecimento global. Estas colónias podem demorar mais de um século a recuperar.
O Tempo em Agosto
Segundo os últimos dados do Copernicus, o Serviço Europeu de observação das Alterações Climáticas, na Europa, o mês de Agosto foi mais quente do que a média, com temperaturas de 1,1 graus Celsius acima das registadas no período de referência (1981-2010).
Se olharmos para o mapa da temperatura do ar, podemos ver algumas das tendências do mês – foi muito mais quente do que a média no noroeste da Sibéria, mais frio na Rússia ocidental, e mais quente em grande parte da Europa.
O oeste dos Estados Unidos foi muito mais quente e seco do que a média, e podemos ter um novo recorde mundial para o mês de Agosto, com uma temperatura de 54,4 graus no Vale da Morte.