A greve do transporte em Maringá vai continuar por tempo indeterminado. Terminou sem acordo na manhã de hoje, 18, a reunião de conciliação no Ministério Público do Trabalho entre patrões e empregados do setor de transporte público urbano e metropolitano.
Na segunda reunião promovida pelo MT, as empresas voltaram a afirmar “que não podem arcar com a reposição salarial pretendida pelos trabalhadores”, assim como com a manutenção da participação nos lucros e garantia dos empregos.
A reunião de conciliação começou às 9 da manhã e durou “uma hora e meia”.
Mais cedo, os trabalhadores haviam decidido em uma assembleia, que 100% dos trabalhadores ficariam em greve nesta sexta-feira. O resultado da decisão, é que nenhum ônibus da TCCC saiu da garagem da empresa. O terminal urbano Said Ferreira, ficou completamente vazio, e mesmo por volta do meio-dia, muitos usuários ainda teimavam em aguardar pelo retorno do serviço. De acordo com o sindicato, alguns ônibus do transporte metropolitano estão circulando, mas não se sabe precisar quantos.
TERMINAL URBANO NÃO RECEBEU NENHUM ÔNIBUS NESSA SEXTA
A redação de O FATO MARINGÁ esteve no terminal e conversou com vários usuários. Uma mulher nos disse que, pela manhã tinha vindo para o centro de UBER e que esperava poder voltar de ônibus para casa. “Gastei com o UBER mais do que ganho em um dia inteiro de trabalho. Não posso ficar sem o ônibus”, diz uma senhora que mora na zona 6 e que trabalha em um prédio na zona 7.
Conversamos também com uma mulher que trabalha em Maringá mas mora em Iguatemi. Para ela a conta vai ficar bem mais cara. “Greve assim, é um desrespeito com o trabalhador. Não sei quem está certo mas o cidadão é quem paga o pato”.
A greve dos trabalhadores do transporte público foi considerada legal pela desembargadora Ilse Marcelina Bernardi Loro, que também estabeleceu uma multa diária R$ 50 mil, caso a categoria não mantenha pelo 70% de seu efetivo na ativa.