Foto: Emerson Viana Silva/Sinttromar
A desembargadora Ilse Marcelina Bernardi Lora assegurou aos trabalhadores do setor de transporte público de Maringá, o direito a realizar greve. A decisão veio acompanhada da determinação de manter pelo menos 70% dos trabalhadores em atividade. Cobradores e motoristas poderão realizar a paralisação e apresentar publicamente suas reivindicações.
Segundo o sindicato da categoria – Sinttromar – os trabalhadores estão dispostos a reabrir a negociação sobre a reposição da inflação do já superado mês de database, mas até o momento as empresas teriam se mostrado irredútiveis em discutir essa questão e também sobre a manutenção da PLR, Participação nos lucros, benefício conquistado pelos trabalhadores na greve de 2016.
Os trabalhadores querem ainda que as empresas garantam a manutenção dos empregos. As empresas TCCC e Cidade Verde, alegam que tiveram muitos prejuízos com a pandemia e substancial redução na oferta de serviços.
Segundo informações do sindicato dos transportes, o jurídico das diretorias das empresas de transporte público informaram à justiça, que atualmente circulam entre 62 e 65% da frota no caso da TCCC e 74% em relação à Cidade Verde. Não há informações sobre o número de trabalhadores ativos; cifra que serve para calcular quantos cobradores, motoristas e empregados de outros setores estarão à disposição para manter os serviços urbano e metropolitano.
Essa manhã, sindicalistas distribuiram um manifesto nas entradas do terminal Said Ferreira, explicando aos usuários, as motivações dos trabalhadores para a decretação da paralisação.
“O sindicato vai buscar, claro, se adequar para atender à demanda da Justiça. Contudo, é necessário que o sindicato tenha conhecimento do número de funcionários que está trabalhando neste momento, porque esse número varia dia a dia e há muitos que estão de férias”, comenta o dirigente Emerson Viana Silva.