O documento completo pode ser consultado no site da prefeitura. Clique no link para ler o boletim
O sétimo boletim epidemiológico sobre a Covid-19 publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de Maringá não mostra a quantidade de casos por Unidade Básica de Saúde como aconteceu nas edições passadas.
O documento enfatiza as ações de isolamento social e levanta hipóteses baseadas em dados científicos que determinam, quantos casos de infecções e notificações a cidade teria se a medida não tivesse sido aplicada.
De acordo com o novo boletim, em Maringá no período de 26 de fevereiro a 15 de maio de 2020 foram registradas 3.206 notificações. Destas notificações, 2.749 pessoas (85,7% do total) já saíram do monitoramento de isolamento domiciliar, acompanhados pelo Centro de Informações de Estratégicas em Vigilância em Saúde – (CIEVS).
COVID-19 AVANÇA NA ZONA NORTE DA CIDADE. ZONA CENTRAL AINDA É A ÁREA DE MAIOR RISCO
Apesar da alta concentração de casos positivos ainda ser uma constante na zona central da cidade, o sétimo boletim epidemiológico mostra que houve um aumento significativo no número de notificações nos bairros da zona norte de Maringá.
Um exemplo vem da Unidade Básica de Saúde Pinheiros que apresenta expressiva concentração de notificações entrando no patamar mais alto das notificações, entre 169 e 241 casos. Já os distritos de Floriano e Iguatemi tiveram um menor número de notificações, entre 6 e 42.
A UPA da zona norte realizou 380 coletas de exames para a Covid-19 desde 20 de março, início da série histórica dos contágio na cidade. 51 exames (14,5%), foram realizados pelo Laboratório Central do Estado do Paraná – LACEN e 85,5% por outros laboratórios.
AUMENTAM AS NOTIFICAÇÕES A PARTIR DE 28 DE ABRIL
A partir do dia 28 de abril até hoje, 18, houve aumento de 2.752 notificações, um incremento de 85,83%. Segundo os realizadores do boletim, há duas hipóteses para explicar o exponencial aumento: No primeiro caso “pode ser relacionado a uma melhor qualidade no rastreamento da definição de suspeita diagnóstica das Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), pelos serviços de saúde públicos e privados”, diz o documento; na segunda hipótese, “à flexibilização dos decretos municipais que teriam desencadeado maior circulação da pessoas e consequentemente maior possibilidade de contato com o sintomático respiratório”.
ISOLAMENTO EVITOU QUE CIDADE CHEGASSE A MAIS DE 16O MIL NOTIFICAÇÕES, DIZ O 7º BOLETIM
Segundo o documento, na primeira fase da pandemia na cidade, período que vai entre os dias 15 e 31 de março, o tempo para a duplicação do número de casos suspeitos variava de dois a quatro dias. Após o dia 31, período em que a cidade se encontrava sob decreto de isolamento social com regras severas e comércio fechado, esse intervalo subiu para 13 a 22 dias. Para os realizadores do relatório, a entrada no isolamento e a redução no laço de tempo das duplicações de casos evitou que a cidade chegasse a 163.840 notificações.
POSITIVOS PODERIAM TER CHEGADO A 10.240
Segundo o 7º boletim, situação semelhante acontece quando o assunto são os casos positivos. O intervalo de duplicação de casos antes do periodo de isolamento social era de 4 dias, após o dia 20 de março, com o isolamento imposto por decreto, de acordo com o documento esse período aumentou. O documento porém não cita o quanto aumentou, mas afirma “que o isolamento evitou que a cidade chegasse a 10.240 casos positivos”.
O documento completo pode ser consultado no site da prefeitura. Clique no link para ler o boletim