foto: Arquivo O FATO
Professores e funcionários das escolas da rede estadual de ensino entram em greve na segunda-feira (2), pela manhã, em todo o Paraná. A decisão unânime pelo início do movimento paredista foi tomada em assembleia da categoria, realizada no último dia 23, em Curitiba.
Em Maringá, a paralisação terá início às 10 horas de segunda, com concentração em frente ao Núcleo Regional de Educação (NRE) de Maringá – na Avenida Carneiro Leão, 93, Centro.
Às 23 horas, uma caravana com pelo menos três ônibus partirá da sede da APP-Sindicato para a capital do Estado, onde serão realizados atos unificados de greve. “A gente pede que os grevistas compareçam vestidos de preto”, diz Vilma Garcia, presidente da APP-Sindicato Maringá.
Na terça-feira (3), o ato em Curitiba reunirá, a partir das 9 horas, grevistas de todo o Estado. Em assembleia, prevista para as 16 horas, será feita uma análise de conjuntura, seguida de avaliação sobre a continuidade do movimento paredista.
A professora aposentada Vera, por exemplo, que se aposentou em 2012, recebe cerca de R$ 4.800. Atualmente, ela está isenta da contribuição previdenciária por ganhar menos do que o teto do INSS. Com a reforma do Ratinho, Vera passará a contribuir com alíquota de 14% sobre o excedente de dois salários mínimos, passando a ter um desconto mensal de R$ 390 em sua aposentadoria.
Os professores PSS (contrato temporário) também estão na mira do atual governo. A Secretaria de Estado da Educação (Seed) quer transferir uma responsabilidade que é sua para os diretores de escolas, com o intuito de prejudicar os PSSs que não são alinhados com o governo, deixando esses trabalhadores sem aulas. Os diretores que tomarem essa atitude responderão por seus atos na Justiça.
Outra medida do governo que motivou a greve foi o fechamento de turmas no período noturno, reduzindo o porte da escola, gerando desemprego e causando prejuízos não apenas aos professores e funcionários, mas principalmente à comunidade.
A expectativa da APP-Sindicato é de ampla adesão à paralisação, segunda-feira. A categoria reclama perdas salariais de 17% nos últimos anos na data-base.