Ele era catarinense mas mais maringaense impossível; chegou na cidade com apenas 20 anos em 1947 quando o lugar ainda estava nascendo. Seu primeiro emprego foi de Corretor de Terras lá onde hoje é o Maringá Velho; foi comerciante e em 1956 entrou na vida pública como Inspetor Municipal de Ensino na prefeitura. Em 1962 passou à função de diretor administrativo e foi neste ano que criou o epiteto “Maringá Cidade Canção”. Sua entrada na política foi o próximo passo. Se elegeu vereador pela primeira vez em 1957 e desde então colecionou 7 mandatos; o último deles em 1988.
Em 2016, Sanches deixou a convivência da terra vermelha e hoje, 6 de setembro de 2022, recebeu uma homenagem que o traz de volta em modo quase mágico a um local que foi um dos mais frequentados pelo cidadão Antenor. A estátua ao lado do coreto na Praça dos Expedicionários é uma obra de arte espantosamente fiel para quem o conheceu e levou às lágrimas parentes, amigos e conhecidos que acompanharam o momento em que o pano que cobria a obra foi retirado.
A figura de Antenor sentado no banco lendo jornal no meio da zona 4, é um homenagem certa, no lugar certo. Foi nesse bairro que Antenor viveu e trabalhou em forma mais assídua recolhendo demandas, frequentando o comércio e as casas dos cidadãos que o recebiam de portas abertas.
Homem muito informado, gostava de ajudar as pessoas e por isso, começou logo a fazer programas nas rádios da cidade com intuito de levar informações de utilidade pública. Fundou a Associação do Pioneiros de Maringá e apresentou programas de televisão. A estátua no centro da praça levou 6 meses para ser construída, e pesa 370kg, já a carreira e o legado de Antenor tem o tempo da eternidade e o peso de uma cidade inteira.
A emoção dos seis filhos, netos e do bisneto presentes na praça dos Expdicionários era incontida. A filha Yone Sanches, disse em entrevista a O FATO MARINGÁ que o pai era exemplo de vida. “Presentiei as pessoas com girassóis por ser uma flor singela, mas que nos dá grandes lições de resiliência, assim como era a vida de nosso pai”.
O filho Luís Marcos nascido em Maringá em 1950, mal conseguia falar de tanta emoção. “Não tenho palavras, minha emoção é muito grande, e por isso eu só quero agradecer”.
Os filhos agradeceram a homenagem e a cidade agradece Antenor.