Uma palestra direcionada a um público de jovens estudantes para levar a mensagem que “saúde mental é uma questão de vida”. Ao contrário do que se possa imaginar, é crescente o número de casos de suicídios entre adolescentes. Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS – o suícidio é a quarta causa de mortes entre jovens até 29 anos.
MARINGÁ – DESTAQUE
Em Maringá, a prefeitura tem implementado programas de saúde mental in primis, através das secretarias de Saúde em consórcio com as da Educação, da Mulher e da Juventude. A rede municipal de saúde também oferece diversos atendimentos voltados à saúde mental, com psicólogos nas 34 Unidades Básicas de Saúde de Maringá (UBSs), além dos quatro Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Hospital Municipal.
Na palestra que aconteceu na tarde desta quinta-feira, 15, no âmbito da programação do Setembro Amarelo, a especialista em saúde mental – psicóloga Matilde Watanabe, conversou com crianças de uma escola municipal que estavam entre o público. Entre os temas abordados, adolescência e identidade, controle das emoções, emoção mental, bullyng, maturidade e ansiedade.
“Para entendermos melhor o processo de adoecimento, temos que entender mais sobre saúde mental. Tudo começa com o aspecto físico e mental”, disse Watanabe que na sequência lançou a pergunta aos jovens; todo mundo aqui cuida do próprio corpo ? A pergunta foi respondida com a timidez típica de quem tem 12 anos, mas bastou que o primeiro respondesse para que os outros começassem a se abrir, dando vida à interação e à demonstração por parte dos jovens que estão dispostos a entender mais sobre a própria saúde global. Watanabe disse aos estudantes que as escolhas pouco saudáveis geram consequências que também não são boas e que a alimentação adequada, com a quantidade de sono correta e a prática de exercícios físicos também são partes importantes na preservação da saúde mental.
O secretário de Juventude Emanuel Predestin defendeu a realização de mais eventos como o realizado no Hélio Moreira na tarde desta quinta-feira.
“Entre 2017 e 2021 o número de suicídios entre jovens aumentou 80% e as estruturas que estamos colocando à disposição da juventude está aberta para ouvi-los e ajudá-los em suas dificuldades”, disse o secretário.
Na Gerência de Diversidade – da Sejuv, Saulo Gaspar destaca o trabalho que a administração faz para dar assistência a jovens lgbts ou não.
“Já temos um ano e meio de trabalho dedicados à saúde mental da população lgbt. Gaspar explica que 68% da população lgbt já sofreu algum tipo de violência, seja física ou psicológica e que influenciaram decisivamente no degrado da saúde mental deles. Nossa experiência está mostrando que o atendimento e a acolhida oferecido tem transformado a vida de pessoas que não tinham mais esperança e que agora estão estudando e trabalhando para retomarem a vida normal com saúde”, concluiu.