A maioria dos 450 cadáveres enterrados na vala comum descoberta na cidade de Izyum, no leste da Ucrânia, pertencia a civis.
Segundo as autoridades ucranianas, muitos apresentam sinais de tortura e pelo menos um dos cadáveres encontrados tinha as mãos atadas.
Perante os horrores agora descobertos, o presidente Volodymyr Zelenskyy classificou os militares russos de “assassinos” e “torturadores”.
“Está uma família enterrada ali. Com uma criança pequena… Foram assassinados. Há testemunhas da mesma casa que viram o que aconteceu. Enterraram estas pessoas aqui e escreveram os nomes completos delas”, refere o comissário ucraniano para as pessoas desaparecidas, Oleg Kotenko.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos anunciou que vai enviar uma equipa a Izyum para “determinar as circunstâncias da morte destas pessoas”.
O chefe da polícia ucraniana, Igor Klymenko, anunciou a descoberta de dez “câmaras de tortura” em localidades tomadas a cargo dos russos na região de Kharkiv, incluindo seis em Izyum e duas na cidade de Balaklyaya.
A Rússia nega a existência de valas comuns na Ucrânia.
O Kremlin anunciou, no entanto, várias vitórias em várias frentes de combate e acusou Kiev de atacar funcionários nomeados por Moscovo.
Segundo a agência de notícias russa Tass, o procurador-geral da autoproclamada República Popular de Lugansk, Sergey Gorenko, morreu esta sexta-feira depois do edifício da Procuradoria-geral ter sido atingido por um míssil.
As forças ucranianas continuam a contraofensiva no leste do país, no entanto, à medida que o exército russo vai recuando o cenário que se encontra é de devastação, morte e fome… EBC