O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi o primeiro chefe de Estado e governo a discursar no Debate Geral da 77ª sessão da Assembleia Geral nesta terça-feira, seguindo a tradição de abertura do principal evento das Nações Unidas.
Bolsonaro elogiou o tema escolhido pelo presidente da Assembleia Geral para o encontro deste ano: “Um momento decisivo: soluções transformadoras para desafios interligados”.
Segundo o presidente brasileiro, os desafios globais são um “divisor de águas” e faz parte da responsabilidade coletiva construir respostas. “Não é uma tarefa simples, mas não temos alternativa”, afirmou.
Para o presidente do Brasil, o esforço deve começar pelas políticas internas de cada país. Ele lembrou os esforços conjuntos feitos no país durante a fase crítica da pandemia de Covid-19.
O chefe de Estado também citou a questão energética no país, ressaltando que 84% da matriz elétrica do Brasil é renovável. Ele ainda lembrou que a guerra na Ucrânia tem feito muitos países recorrer a fontes sujas de energia, o que classificou de “grave retrocesso para o meio ambiente”.
Guerra na Ucrânia
O presidente do Brasil destacou que o país defende um imediato cessar-fogo na Ucrânia, bem como a proteção de civis e preservação de infraestrutura crítica para assistência à população.
Bolsonaro destacou os esforços para uma solução negociada da guerra, citando a décima primeira participação do país como membro não-permanente no Conselho de Segurança.
Ele criticou as sanções como forma de lidar com o conflito, afirmando que as medidas “prejudicam a retomada da economia e afetam direitos humanos de populações vulneráveis”.
Atuação global
O presidente do Brasil também lembrou da atuação do país no recebimento de refugiados venezuelanos, com a Operação Acolhida, iniciativa que conta com o apoio do Escritório da ONU para Refugiados, Acnur.
Bolsonaro citou a participação do Exército brasileiro em missões de paz, que teve lideranças nas operações de Suez, Angola, Haiti e Líbano.
O general brasileiro Marcos de Sá Affonso da Costa é comandante da Missão da ONU na República Democrática do Congo, Monusco.
No mês passado, o general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz foi escolhido pelas Nações Unidas para liderar uma missão de apuração dos fatos na Ucrânia. ONU NEWS