O mendigo Lázaro, coberto de chagas suplicava à porta do rico pelas migalhas que caiam da sua mesa, mas nem isso lhe davam. Essa parábola nos fala da indiferença à sorte dos empobrecidos no tempo de Jesus e nos dias de hoje. Abraão relembra o abismo que foi cavado entre os que acumulam, ostentam e esbanjam diante dos que passam fome: “Filho recorda que em vida recebestes bens, e Lázaro, por sua vez, desgraças.
Agora ele é consolado, e tu, atormentado”. A parábola nos interpela e urge uma mudança de vida e atitude. Os Lázaros de hoje – desempregados, moradores de rua, encarcerados, favelados – batem à nossa porta para que passemos da indiferença à compaixão, à solidariedade e à partilha e nos juntemos a eles e elas na busca por justiça e igualdade, como urge o Papa Francisco: “terra, teto e trabalho”: Vida digna, para todas as pessoas.