A edição de 2022 do Círio de Nazaré representa o retorno deste festejo que reúne milhões de pessoas às ruas de Belém (PA). A festividade abrange diversos eventos ao logo de todo o mês de outubro, com procissões, trasladações, arraiais, romarias, missas, vigílias. O encerramento será no dia 23, na Casa de Plácido.
O Círio é uma “grandiosa manifestação de fé e devoção à Nossa Senhora de Nazaré”, realizada há mais de 200 anos. A festividade é reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.
Segundo os organizadores, “a história do Círio começa em 1700 com o achado da Imagem de Nossa Senhora de Nazaré pelo Caboclo Plácido, às margens de um riacho localizado próximo de onde hoje se ergue a Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré”.
Com o tempo, a devoção à Virgem aumentou até que, em 1793, foi organizada a primeira procissão em homenagem à padroeira dos paraenses. “Desde então, o Círio acontece anualmente, reunindo sempre um número maior de fiéis”.
Em anos pré-pandemia, o evento chegou a reunir mais de 2 milhões de pessoas, entre moradores da capital, de outros municípios paraenses, de outros estados e estrangeiros.
Devido à covid-19, em 2020 os fiéis não puderam acompanhar presencialmente às procissões transmitidas virtualmente. Já em 2021, com o avanço da vacinação, o público começou a retornar gradualmente, mas ainda ficou muito aquém do habitual, reunindo pouco mais de 400 mil pessoas.
A Secretaria estadual de Turismo (Setur) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) preveem que só a presença destes fiéis na cidade movimentará em torno de US$ 19,1 milhões (cerca de R$ 98,3 milhões). EBC