Informação nunca é demais quando se trata de prevenir doenças, especialmente, o câncer. Como parte das ações do Outubro Rosa, mês de prevenção ao câncer de mama e do colo do útero, a Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná promoveu uma tarde de palestras com “Orientações Sobre a Saúde da Mulher”, nesta terça-feira (25). Foi no Espaço Cultural da Casa, que ficou cheio de servidoras e visitantes vestidas de rosa. “Fico feliz em ver tantas mulheres aqui buscando informações e interessadas no tema. Independentemente de partido, nós formamos um grande time em prol da saúde da mulher. Lembro sempre que prevenir também é cuidar da alimentação, do corpo e que ninguém interfira na prevenção. Falo isso, porque sabemos que muitos homens não deixam as esposas fazerem os exames”, ressaltou a procuradora da Mulher da Assembleia, a deputada Cristina Silvestri (PSDB).
Ao lado dela, estavam as deputadas Luciana Rafagnin (PT) e Mabel Canto (PSDB); as parlamentares eleitas Marcia Huçulak (PSD), Ana Júlia (PT) e Cloara Pinheiro (PSD), a coordenadora da Procuradoria, Alessandra Abraão, voluntárias do Instituto Humsol, do Instituto Dalle Done Vigiani, os deputados Nelson Justus (União) e Alexandre Amaro (Republicanos), Fabiana Campos Romanelli, esposa do primeiro secretário, Luiz Claudio Romanelli (PSD), também presente e Rose Traiano, coordenadora de Ações Solidárias da Assembleia, e esposa do presidente Ademar Traiano (PSD). “O Outubro Rosa representa um gesto de alerta para todas as mulheres brasileiras e paranaenses. É fundamental que se trabalhe de forma preventiva. Cumprimento a Procuradoria por essa ação e esse trabalho. Sintam-se todas acolhidas. Estamos sempre prontos para apoiar essa causa”, afirmou o presidente Traiano.
Ações
O evento serviu ainda para a divulgação de material e da campanha de arrecadação de maquiagens, bijuterias, lenços e perucas para o projeto Esquadrão da Autoestima, idealizado pelo Instituto Humsol. As doações podem ser feitas na Procuradoria, que fica no 3º andar do prédio administrativo da Assembleia. “O nosso trabalho, em parceira com a Procuradoria da Assembleia acontece neste período, e é muito importante, mas gosto de lembrar que as doações podem ser feitas o ano todo, porque o nosso trabalho não para, apesar de aumentar nessa época”, diz Nilcéia do Rocio Barboza, diretora financeira da instituição sem fins lucrativos, que atua desde 2009 em Curitiba, região metropolitana e em outras cidades paranaenses na prevenção, informação, orientação, conscientização e acolhimento para as pacientes em tratamento contra o câncer. “Aqui também estamos apresentando às mulheres nosso projeto Mama Amiga, onde mostramos como deve ser feito o autoexame de forma correta. O primeiro passo para que as mulheres que identifiquem alguma anormalidade na mama procurem ajuda”, reforçou Nilcéia.
Outra ação da tarde foi realizada por médicas e nutricionistas do Instituto Dalle Done Vigiani, voltado para o acompanhamento e segmento da saúde da mulher, que orientaram sobre os fatores de risco para o surgimento do câncer. “Por exemplo, a importância do impacto de bons hábitos na prevenção do câncer como boa alimentação e atividade física e como fatores de risco, cito a obesidade, o tabagismo, consumo excessivo de álcool e o sedentarismo, entre outros”, explicou a nutróloga Bianca Dalledone.
Outro foco das orientações esteve nas informações para mulheres evitarem as relações abusivas. A instituição possui uma rede de apoio para combater qualquer forma de abuso, seja patrimonial, sexual, emocional. “Identificar e combater o abuso é fundamental para que a mulher seja a protagonista de sua vida. A gente não pode achar normal qualquer que seja a forma de abuso”, destacou Flávia Ohde, que também é nutróloga e idealizadora e coordenadora do projeto O (En)canto do Sereio.
Cuidados diários
A ginecologista e obstetra da Rede Mãe Curitibana Vale a Vida, Karina Utrabo Prosdócimo, apresentou dados sobre o câncer de mama, segundo entre os que mais matam no Brasil. “Por que é importante falar sobre o tema? Porque 17 mil mulheres morreram em 2021 no Brasil por causa da doença, que é a segunda maior em incidência, perdendo apenas para o câncer de pele. A multiplicidade informações pode salvar vidas”, lembrou.
Karina explicou que são três os pilares a serem destacados: qualidade de vida, autocuidado e rastreamento. “Um problema genético até tem influência do ambiente, mas há muitos mitos em torno da doença: ferrinho de sutiã, tombos, desodorantes e tristeza não causam câncer de mama. 28% dos casos podem ser prevenidos com boa qualidade de vida e boa saúde e bem-estar são medidas que podem salvar uma a cada três mulheres”, informou. “Precisamos estar atentas às mudanças do nosso corpo. Se olhar, se tocar, são importantes para detectar sinais de alerta”, acrescentou. ASC/ALEP