O organismo de vigilância nuclear da ONU aprovou o plano nipónico para descarregar água tratada da central no Oceano Pacífico, o que não agrada aos países vizinhos.
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) aprovou o plano japonês para descarregar no Oceano Pacífico as águas residuais tratadas da central nuclear de Fukushima. Durante a sua visita ao Japão, o diretor do organismo entregou o relatório final da análise que a agência fez durante dois anos ao plano nipónico ao primeiro-ministro Fumio Kishida.
“Nas últimas cinco horas, mais ou menos, visitei lugares diferentes, locais diferentes. E também pude ver mais de perto as instalações que estão a ser preparadas caso haja uma decisão de começar com as descargas controladas e fiquei satisfeito com o que vi”, afirmou Rafael Mariano Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica.
Antes, Grossi já tinha transmitido a mesma mensagem a representantes locais de pescadores e agricultores, preocupados com danos reputacionais. Os países vizinhos também estão preocupados.
Há muito que a China se opõe ao plano de descarga da água.
“A descarga da água contaminada por energia nuclear de Fukushima, no Japão, é de grande interesse público internacional, e não há espaço para ambiguidades ou erros. A China insta o Japão a respeitar a ciência e os factos, e a não tentar usar o relatório da AIEA como um escudo para fazer a descarga para o mar”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Wenbin. euronews