Os agricultores franceses prometeram que vão “cercar” a cidade de Paris, com os seus tratores, na tarde desta segunda-feira, depois das medidas anunciadas, na passada sexta-feira, pelo governo, para o setor agrícola.
Segundo a Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas (FNSEA), o cerco deverá começar às 14:00 locais (13:00 de Lisboa), tendo sido mobilizados 15 mil polícias para evitar os bloqueios. Os agricultores tencionam impedir o fornecimento de produtos alimentares à capital e, em particular, ao mercado de Rungis, um dos maiores mercados de frescos nos arredores de Paris.
O ministro do Interior, Gerald Darmanin, deu intruções às autoridades para não permitirem a entrada dos agricultores, nos seus tratores, em Paris e nas capitais regionais. Darmanin definiu como objetivo que os aeroportos e os mercados internacionais de frutas e legumes continuem a funcionar.
“A postura continua a mesma: a polícia deve agir com muita moderação” e só intervir “em último recurso”, disse o ministro do Interior, citado pelas agências internacionais.
Os agricultores franceses estão protestandor contra a falta de lucros, as duras políticas ecológicas governamentais e a concorrência estrangeira. No passado domingo, o primeiro-ministro Gabriel Attal reuniu-se com os agricultores do centro de França, com o intuito de ouvir a sua posição e encontrar uma solução.
Também no domingo, houve protestos dos agricultores por toda a Europa. Em Alexandria, no norte de Itália, os agricultores protestaram contra o aumento do preço do combustível e a enorme diferença entre o preço que pagam pelos seus produtos e o preço a que chegam ao mercado. Os agricultores italianos disseram “basta” à Europa, que, segundo eles, está a impor leis cada vez mais rigorosas que estãoprovocando a extinção da agricultura “Made in Italy”.
Na Grécia, os agricultores protestaram com os seus tratores no centro de Larissa, a maior cidade da Tessália, e prometeram continuar a manifestação esta semana.
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