Água de Maringá contém substâncias que podem gerar câncer e doenças crônicas. Prefeitura notifica Sanepar

Água de Maringá contém substâncias que podem gerar câncer e doenças crônicas. Prefeitura notifica Sanepar

ACESSE O MAPA DA ÁGUA

A Prefeitura de Maringá, por meio da Agência Maringaense de Regulação (AMR), pediu explicações à Sanepar e deu um prazo de 24 horas para obter respostas quanto ao resultado negativo da cidade no Mapa da Água, divulgado nesta segunda-feira (7) após testes que integram a base de controle do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, do Ministério da Saúde. 
 
 
Índices apresentados pelo Mapa da Água apontam que a água tratada de Maringá contém substâncias com riscos de gerar doenças crônicas ao carregar agrotóxicos e outras substâncias químicas e radioativas que são perigosas para a saúde quando acima dos limites fixados pelo Ministério da Saúde.
 
 
 
Veja quais substâncias foram detectadas:
 
Detecções ACIMA DO LIMITE DE SEGURANÇA na água de Maringá (PR) entre 2018 e 2020:

Substância(s) com o(s) maior(es) risco(s) de gerar doenças crônicas, como câncer:

O 2,4,6 Triclorofenol é classificado como provavelmente cancerígeno pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos. Sua avaliação indica que essa substância pode produzir linfomas, leucemia e câncer de fígado via exposição oral. Pode ser formada a partir do processo de desinfecção, quando o cloro é adicionado à água. Ela é utilizada como anti-séptico, agrotóxico para preservar madeira e o couro e como tratamento anti-mofo. Também é usada na fabricação de outros produtos químicos.

 

 

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VEJA O VIDEO – Entrevista Ping Pong sobre uso de agrotóxicos em nossa região: Dra. Margaret Matos de Carvalho – Procuradora Regional do Trabalho e José Antônio Borghi – Presidente do Sindicato Rural de Maringá – 22/04/2019

*Audiência pública sobre o uso de agrotóxicos em nossa região: Entrevista com Padre Emerson Cícero de Carvalho – Aras Cáritas de Maringá – 22/04/2019

 

 

Substância(s) que também gera(m) riscos à saúde:

Os ácidos dicloroacético, tricloroacético, bromoacético e dibromoacético são classificados como possivelmente cancerígeno para humanos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde. Em altas concentrações, os ácidos haloacéticos também podem gerar problemas no fígado, testículos, pâncreas, cérebro e sistema nervoso. Os ácidos haloacéticos são classificados como subprodutos da desinfecção, formado quando o cloro é adicionado à água para matar bactérias e outros microorganismos patogênicos.

Os trihalometanos são um grupo de compostos químicos e orgânicos que derivam do metano. Ele inclui substâncias como o clorofórmio, classificado como possivelmente cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC). A exposição oral prolongada a esta substância pode produzir efeitos no fígado, rins e sangue. Os trihalometanos são utilizados como solvente em vários produtos (vernizes, ceras, gorduras, óleos, graxas), agente de limpeza a seco, anestésico, em extintores de incêndio, intermediário na fabricação de corantes, agrotóxicos e como fumigante para grãos. Alguns países proíbem o uso de clorofórmio como anestésico, medicamentos e cosméticos.

 

Veja o elenco completo das substâncias nocivas presentes na água de Maringá