A educadora Aline Câmara tomou posse na Secretaria da Criança e Adolescente na tarde desta sexta-feira, (8) em uma cerimônia realizada na sala de reuniões do térreo do Paço Municipal e que contou com a participação de uma centena de pessoas entre autoridades, servidores, amigos e familiares da nova secretária.
Entre os principais objetivos da nova secretaria está o combate à violência sexual contra crianças; fenômeno que vem aumentando na cidade nos últimos anos.
Uma das primeiras iniciativas da nova pasta criada através da reforma administrativa promovida pelo prefeito Ulisses Maia será a realização de uma audiência pública programada para dia 18 de maio.
Em entrevista a O FATO MARINGÁ, o prefeito Ulisses Maia defendeu a escolha de Aline
e enfatizou a importância da pasta que para ele “é uma das mais importantes”.
“Precisamos cuidar melhor de nossas crianças, melhorar a formação delas, a condição de vida, oferecer esporte, lazer e acima de tudo combater a violência, enfim criar políticas públicas capazes de criar uma rede de proteção através de uma articulação com todas as outras secretarias como a de Saúde e Educação que já fazem um excelente trabalho. Temos muitos casos de violência sexual em Maringá”, explicou o prefeito.
Ulisses reconheceu o trabalho dos conselheiros tutelares e disse que já há estudos para criar as condições adequadas para dar vida a dois novos núcleos de Conselhos Tutelares na cidade. “Os dez Conselheiros estão se desdobrando para atender as demandas, mas só os dois núcleos acaba tendo uma sobrecarga de trabalho e uma cidade tão grande como Maringá precisa de mais gente capacitada para ajudar os conselheiros que já estão aí e juntos com a nova secretaria dar fim a toda essa onda de violência inaceitável para essa que é a melhor cidade do Brasil para se viver”, concluiu.
Em entrevista a O FATO, a nova secretaria disse que a prevenção
é o caminho melhor e mais barato para se obter resultados eficazes.
“A gente não quer que a violência aconteça com as nossas crianças para só depois atende-las. Vamos criar políticas públicas capazes de evitar principalmente a violência sexual contra crianças, e sabemos que é muito difícil porque acontece dentro das casas, em núcleos familiares e deixa marcas e sequelas para toda a vida. Nosso grande desafio é criar instrumentos que auxiliem as crianças porque elas não capazes de identificar uma violência sexual e muitas vezes acabam confundindo a violência sofrida com ato de carinho ou de proteção”, explicou a secretária.