Houve ou não apologia ao nazismo em trabalho desenvolvido sobre a Segunda Guerra Mundial por alunos do Colégio Estadual Cívico-Militar Marquês de Caravelas em Arapongas? Com o intuito de obter essa resposta, o deputado Arilson Chiorato (PT) ingressou com uma série de pedidos de esclarecimentos à Secretaria de Estado de Educação (Seed) nesta terça-feira (10/10). O trabalho escolar ganhou repercussão após imagens sobre a atividade serem publicadas nas redes sociais.
“Não é possível saber, apenas olhando as imagens, qual o teor adotado durante a apresentação deste trabalho. Porém, as imagens chamam a atenção, pois foram apresentadas de forma a qual considero inadequada, uma vez que facilmente a figura de Hitler e os símbolos, como foram expostos, podem levar para uma compreensão errada desse período, por isso, essa situação precisa ser investigada com urgência pela Seed”, avalia deputado Arilson.
De acordo com o parlamentar, a Seed deve uma resposta à sociedade. “Até o momento não obtive informações sobre as medidas adotadas pela Seed sobre esse caso. Quais providências foram adotadas para apurar as responsabilidades, caso existam, da professora, da direção do colégio e até do Núcleo Regional de Educação?”.
O deputado ainda observa que o conteúdo da entrevista com a filha de um ex-soldado do exército de Hitler, que provavelmente foi gravado em vídeo, uma vez que foi compartilhado com outros estudantes, seja analisado. “É importantíssimo saber como foi conduzida essa entrevista. É preciso ter muito cuidado nesse processo, para não expor estudantes a conteúdo inadequado, que exalte esse período. Foi feito algum diálogo anterior com essa mulher entrevistada? O que ela pensa sobre esse período tão triste e sombrio da nossa história? Tudo precisa ser esclarecido”, pontua.
No Brasil, a Lei 7.716, de 1989, determina que é crime “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa”.