A persistir o aumento médio mundial da temperatura : já estamos a caminho de 1.5 a partir deste ano, o nosso futuro estará comprometido. Entretanto, não devemos chorar pelo tórrido fim de nosso planeta, mas pelo fim de nossas vidas e o de nossos descendentes.
Mesmo cada vez mais aquecida, a terra prosseguirá em sua órbita incessante em volta do sol, mas sem o lado humano que um dia nela existiu.
Não se trata de um palavreado apocalíptico, mas de constatação científica de que o ar que respiramos e a água dos oceanos estão cada vez mais quentes.
Água morna pode até ser considerada mais agradável para os banhos de mar, mas e o avanço em nossas áreas litorâneas? Temos convivido sob a fúria de tempestades violentíssimas e ciclones cada vez mais frequentes e agressivos. Somem- se a isso, secas radicais, queimadas incessantes, redução drástica da água em rios de grande porte e a comprovação de que as calotas polares estão derretendo.
De que valeu a Agenda 21 da Conferência Ambiental Rio 92 com a presença de representantes de 178 países ou, mais recentemente, o Acordo de Paris de 2015, propondo redução de 43 % dos níveis de emissão de gases até 2030? Ora, mesmo no sul do país, o calor tornou- se asfixiante. Já é consenso que, sem o verde da floresta, o próprio solo da Amazônia haveria de converter- se em deserto de proporções semelhantes ao parceiro deserto do Saara no continente africano.
Chuvas ácidas resultantes do monóxido de carbono, do dióxido de enxofre e do benzeno tornaram-se presença não somente nos Estados Unidos, Canadá, China e Índia, mas em nosso Brasil também. Nossa atmosfera tem sido agredida por toda sorte de poluição. Testes nucleares continuam prejudicando-a com a danosa fuligem.
Putin não se cansa de ameaçar o ocidente com uma possível guerra nuclear, mas de que adiantaria ao ditador o solo fértil da Ucrânia, se estéril se tornaria pela radiação implacável?
Todos os testes nucleares são prejudiciais ao planeta. Sem levar em conta os campeões mundiais em testes nucleares: Estados Unidos, Rússia e China, até a excêntrica Coreia do Norte deu- se à ousadia de contribuir com seis testes nucleares.
E não é segredo para ninguém que mesmo as calouras explosões nucleares em Hiroshima e Nagasaki, além da destruição das cidades, produzindo 210.000 mortos, ensejaram radiações que afetaram os sobreviventes de tal forma, que ainda hoje se tornam pais de bebês com graves mutações genéticas.
Não tenhamos dúvida de que o aquecimento global,longe de ser preocupação a inquietar no próximo milênio, é um desafio do aqui e agora de nossa geração.