ARTIGO: Dia Nacional do Documentário Brasileiro

Por: Miguel Fernando Perez Silva - Cadeira – 16 na Academia de Letras de Maringá - Patrono: Euclides da Cunha

A data homenageia o cineasta Olney São Paulo (1936-1978), que foi preso e torturado durante a Ditadura Militar. São Paulo tem grande relevância à produção do cinema nacional das décadas de 1950 e 1960.

Impactar, comover, analisar fatos e explorar a realidade para contar histórias são alguns dos elementos presentes na produção de documentários. Este é um gênero do cinema que possui muitas semelhanças com o jornalismo.
“Nanook, o Esquimó” (1922) de Robert Flaherty é citado por Carlos Nader como exemplo de uma obra construída a partir de imagens “reais”, mas encenadas.

Desde quando foi considerado documentário, até hoje, o filme suscita debates sobre os limites deste tipo de produção. Esta teria sido a primeira obra do gênero na história do cinema moderno.
Em seu campo existem seis subgêneros que foram definidos pelo crítico e teórico americano Bill Nichols: expositivo, poético, observativo, participativo, reflexivo e performático. No entanto, é importante salientar que o documentário se propõe a retratar situações a partir da visão de um observador, com roteiro mais aberto, livre para novas interpretações.

Os primeiros filmes produzidos no Brasil eram pequenos documentários que retratavam cenas do cotidiano. A partir do século XX, o cinema começou a se popularizar e diversas salas para atender a esta demanda começaram a ser construídas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Momento pelo qual as produções audiovisuais também começaram a prosperar.

Mais atualmente, com a explosão dos serviços de streamings, outro subgênero surgiu: o true crime. Trata-se de documentários que registram crimes reais, com análises de especialistas e registros raros do tema em questão. Por meio dessa linguagem, cenas dramatizadas podem ser incluídas ao contexto para melhorar a compreensão dos fatos. “O caso Evandro” é um exemplo.