O livro didático é um importante auxiliar e facilitador no processo de aprendizagem e importante instrumento de ensino. Seu uso nas escolas tem o caráter pedagógico. Neste texto o apresentaremos pelas iniciais: LD .
Esse livro foi e é uma fonte de informações e consulta para os alunos e para o seus, e, em algumas casas pode ser que os únicos livros sejam os Livros Didáticos que os filhos trazem.
No governo Getúlio Vargas (1930) foi criado o Ministério da Educação. A criação da Comissão Nacional do Livro Didático chega em 1938.
Após 1930 houve um movimento em prol da popularização da escola para todos. As camadas populares foram pouco a pouco ocupando as escolas do então chamado Ensino Primário, 1º. a 4º. anos. Após terminar o 4º. ano era recebido o “Diploma do Curso Primário”, muito valorizado. Muitos se esforçavam para que os filhos frequentassem o “Grupo Escolar” onde era ministrado o Curso Primário. Era comum que, migrando para outras localidades, um índice muito valorizado era a escola, mesmo que ficasse distante.
A presença do então “Grupo Escolar” era entendida como a presença do livro -o primeiro era a Cartilha- e de professores que conduziriam o ensino, a visão de um futuro melhor com a posse do saber. Na época, “tirar” o Diploma era uma conquista e tanto. No Grupo Escolar juntavam o pobre, o remediado, o rico, portadores de deficiências físicas, filhos de imigrantes e migrantes; alguns tinham uma pasta para os materiais, outros, o embornal, feito de pano alvejado e muito limpo para guardar, principalmente o precioso “Livro Didático”.
Surgem as reformas educacionais. Os intelectuais voltaram seu interesse à Educação. Ao estudar a História da Educação no Brasil, verifica-se os diversos movimentos, promulgação de Leis, criação de Conselhos, o que influiu também no desenvolvimento dos LDs.
As políticas educacionais os colocaram em relevante lugar. Há um grande número de livros e trabalhos acadêmicos de bons autores que tratam do LD, seu histórico, os fatores políticos, econômicos e ideológicos que o envolvem, principalmente a partir da década de 80.
No ano de1979 foi criado o programa para distribuição de LDs para os alunos da Escola Pública, seguindo sua trajetória nos graus de ensino subsequentes. Em 2019 deu-se início aos LDs impressos em Braille e letras ampliadas para estudantes cegos e/ou com baixa visão, do 1º. ao 5º ano. No ano seguinte foi estendido para estudantes até o 9º. ano.
O LD, não retira a autonomia do professor na construção, elaboração e dinâmica das suas aulas; ele norteia e vem como apoio, dá lugar à formação de estratégias de ensino e autonomia para desenvolver sua própria dinâmica.
O aluno aprendente, seu professor que sabe como fazer do LD seu aliado nos caminhos de ensinar, a direção e supervisores, a escola que recebe em seu interior parte significativa do tempo do aluno, os auxiliares, os pais, e toda a comunidade, comemorem esse ótimo instrumento de trabalho que iniciou com a “cartilha” e continua seu desenvolvimento na trajetória rumo ao saber que se encadeia numa rede de conhecimentos, seguindo até ao infinito.