A verdade é que os nossos Poderes tornaram-se pró.
O Legislativo tornou-se Pró-Executivo: manipula impostos com naturalidade.
Além dos 25 bilhões do orçamento da União, que prometem ser muito mais altos até o final do mandato, de dois a dois anos os quase 5 bilhões de fundo eleitoral para o financiamento das campanhas eleitorais, sem levar em conta o orçamento secreto em passado recente.
De sua parte, o Executivo é Pró-Judiciário que lhe facultou renascer das cinzas ao Palácio do Planalto. Nada como a segurança do lulismo reinante na Suprema Corte Judiciária do país.
O Judiciário, em sua mais elevada representação, também tornou- se Pró-Legislativo, ao enxergar que a inércia dos Deputados Federais e Senadores muito mais preocupados com os próprios negócios, do que em legislar.
Assuntos polêmicos, a exemplo do uso ou tráfico de drogas ou da destruição de fetos assumidos pelos abortistas, são muito menos desgastantes via encaminhamentos na forma de “consultas” ao STF, do que se expondo ao risco de perdas de votos pelo debate ostensivo pelo Congresso Nacional.
É o que aconteceu, por exemplo, com a ex- Ministra Rosa Weber. Ela, mesmo sabendo que a inviolabilidade do direito à vida faz parte do artigo quinto da Constituição Cidadã , submeteu-se a um tiroteio nacional já em final de carreira , enquanto os congressistas pró-aborto evitaram todo e qualquer desgaste ante a opinião pública.
A verdade é que os Poderes -Pró tem sido um fracasso.
Enquanto isso, atônito, o povo a tudo assiste em silêncio. Trabalha-se muito, mas o salário cada vez termina mais longe do final do mês. Pagam- se os impostos mais altos do mundo, mas está cada vez mais difícil pagar os políticos mais caros do planeta. Até quando ?