Assembleia Legislativa fará audiência sobre a privatização da Ferroeste

A audiência vai acontecer na próxima segunda-feira (19) a partir das 9h na Comissão de Orçamento da Alep

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) informou nesta terça-feira, 13, que a Comissão de Orçamento da Assembleia Legislativa, em conjunto com representantes do setor produtivo paranaense, vai promover uma audiência pública no próximo dia 19 (segunda-feira), a partir das 9 horas, para debater o projeto de lei que autoriza a desestatização da Estrada de Ferro Paraná Oeste (Ferroeste).

Segundo Romanelli, é importante aprofundar o debate sobre a proposição e esclarecer todos os pontos necessários antes da votação da matéria pelo legislativo. “A audiência é para que possamos discutir um tema que é muito relevante para a economia do Paraná. É melhor esclarecer todos os pontos e, caso necessário, dar garantias legais aos usuários antes de promover a privatização”, explicou o deputado.

Para ele, a concessão de bens públicos deve estabelecer condicionantes e obrigações às empresas que irão operar os serviços. Romanelli citou o caso da linha férrea entre Londrina e Ourinhos, que foi desativada pela Rumo S/A. “É um ramal ferroviário importante, muito significativo para a colonização do Norte do Paraná, e que, por uma decisão exclusiva da empresa, acabou desativado”, afirmou.

Investimentos 

 

“Uma situação como essa da Rumo não pode se repetir na Ferroeste. Senão, fica o prejuízo para a economia paranaense”, considerou o deputado. Na avaliação de Romanelli, o Paraná precisa de investimentos muito significativos no transporte ferroviário. “O fato concreto é que temos que incrementar este tipo de transporte, resolvendo inclusive os gargalos existentes para aumentar a capacidade de carga e velocidade de trânsito”.

Segundo Romanelli, a ampliação da movimentação de cargas por trens é uma necessidade urgente no Paraná para reduzir custos e melhorar a eficiência logística. “Não temos mais estradas que deem suporte às crescentes movimentações do Porto de Paranaguá. É necessário ter um transporte seguro, ágil e condizente com as necessidades do nosso mercado”, avaliou, lembrando que o frete é uma grande despesa para o produtor.