Por volta das 03h da madrugada no Irã, meia-noite no Brasil, foram ouvidas explosões na capital iraniana, Teerã. Israel confirmou que se tratava de ataques ao país numa operação militar batizada de Lion Rising.
“Esta é uma operação crucial para evitar uma ameaça existencial de um inimigo que procura destruir-nos. Iniciámos esta operação porque chegou o momento: estamos num ponto sem retorno. Não podemos dar-nos ao luxo de esperar”, disse Eyal Zamir, chefe do Estado-Maior do Exército de Israel, numa declaração em vídeo.
O comandante da Guarda Revolucionária, General Hossein Salami, foi confirmado como morto pelos meios de comunicação social estatais iranianos – mas também seis cientistas nucleares.
Israel avança ainda a morte do chefe do Estado-Maior iraniano, Mohammad Hossein Bagheri, e do comandante das Forças de Emergência, Gholam Rashid, na sequência das investidas.
REAÇÃO DO IRÃ
Entretanto, segundo o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês), mais de 100 drones já foram lançados pelo Irão contra Israel nas últimas horas e que alguns deles já foram intercetados pelas defesas aéreas do país. Foi declarado o estado de emergência.
“O Irã lançou cerca de 100 UAVs em direção ao território israelita, que estamos tentando interceptar”, disse aos jornalistas o porta-voz militar, Brigadeiro-General Effie Defrin, já que poderão demorar várias horas a chegar a Israel. Acrescentou que os ataques de Israel ao Irão envolveram 200 caças que atingiram cerca de 100 alvos em todo o Irã.
A Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) confirmou na madrugada de sexta-feira que um ataque israelita atingiu as instalações de enriquecimento de urânio do Irão, em Natanz.
Numa declaração publicada na plataforma social X, o diretor da AIEA, Rafael Mariano Grossi, afirmou “A AIEA está a acompanhar de perto a situação profundamente preocupante no Irão. A Agência está em contato com as autoridades iranianas relativamente aos níveis de radiação. Estamos também em contacto com os nossos inspetores no país”. Acrescentou ainda que, até ao momento, não houve registo de alterações nos níveis de radiação. euronews