Quem não faz leva. A máxima do futebol valeu hoje também no WD já que o Maringá criou muito mais chances de gol do que o time da capital, mas quando o Athletico saiu para o jogo de verdade no segundo tempo, fez logo dois gols e matou a partida. O primeiro gol veio com Erick aos 26 e o segundo aos 40 com o volante Alex Santana.
Antes, aos 33 minutos, momento histórico. O Athletico perdeu um pênalti cobrado por Cuello. O tiro extremo foi marcado pelo árbitro após intervenção do VAR que viu pênalti no toque de Dheimisson em Vítor Roque. Foi a primeira vez que o VAR foi usado na história do campeonato paranaense. O Dogão precisa vencer por dois a zero para levar a decisão da vaga na final para os pênaltis.
O JOGO
No jogo mais difícil até aqui em 2023, o Maringá Futebol Clube partiu com o handicap negativo de ser um time recém retornado à Série D contra um Furacão vice-campeão da Libertadores; mas assim como no torneio continental estamos falando de partidas mata-mata, e numa noite de Willie Davids lotado tudo pode acontecer se o time estiver inspirado como esteve nos últimos dois jogos da Copa do Brasil.
As duas equipes se enfrentaram na fase inicial do certame com partida jogada em Curitiba. Na ocasião, o Maringá jogou bem, mas o Athletico que tinha um time misto em campo conseguiu chegar ao gol da vitória no final do jogo e venceu por 1 a 0.
A partida deste sábado começou equilibrada, com o Athletico tendo mais posse de bola nos primeiros cinco minutos; depois o Dogão começou a equilibrar as ações, mas mantendo uma postura claramente de esperar o Athletico subir para tentar chegar a um gol em contra-ataque.
Aos 20 minutos o Athletico mostrou como é perigoso. Lançamento para Terans que ganha da defesa na corrida, mas se desequilibra e já na entrada da grande área e pressionado pelo zagueiro chuta mal e encontra Dheimisson bem posicionado.
Aos 27 o Maringá responde com Robertinho que invade a área pela direita em direção da Prudente; ele cruza, a zaga corta pela linha de fundo. O Dogão começa a gostar do jogo e deixa mais campo para os contra-ataques do Athletico.
Aos 34 no terceiro escanteio consecutivo, Wesley subiu muito no primeiro pau, ganhou da zaga, cabeçeou para o chão, mas a bola caprichosamente passa rente à trave.
Aos 37 o Maringá chega de novo e o lateral Marcos Vinicíus quase faz um gol espírita. Ele recebe bola na ponta, leva na linha de fundo, ameaça cruzar e dá um corte seco no defensor, cruza para área mas a bola vai em cima do goleiro Bento que teve o maior trabalho para botar a bola para escanteio; e foi só no primeiro tempo.
2º TEMPO
O Maringá perdeu a chance do jogo logo no primeiro minuto da segunda etapa. Bola enfiada na área encontra Gui Sales frente a frente com o goleiro; ele chuta mas Zé Ivaldo trava e impede ao Dogão de abrir o placar.
Aos 3 minutos depois de uma cobrança de falta em direção à Colombo encontra o zagueiro Vilar que se joga e de puxada, meio desajeitado joga por cima da trave. Para quem esperava o Athletico saindo para o jogo, acabou vendo o Maringá tomando as iniciativas e levando perigo.
Aos 7 Morelli chuta da entrada da área, a bola desvia na zaga e passa perto da trave. O MFC, melhor no jogo, mas o Athletico dá a impressão que espera o momento de sair para matar o jogo.
Aos 9 minutos Bianchi também teve uma boa chance ao receber bola na entrada da grande área; entre e ele e Bento não havia ninguém, mas pressionado chutou mal e o goleiro mais uma vez bem posicionado evitou o pior.
NA TRAVE – Tava demorando, mas finalmente o Athletico apareceu no ataque, e como apareceu. Passavam poucos segundos dos quinze minutos, jogada trabalhada que começa com Pablo, ele recebe na área e manda o chute rasteiro, a bola beija a trave. No rebote Cuello manda para fora.
Mesmo com o Athletico saindo mais para o jogo, o Maringá não se retraiu e continuou levando perigo.
Aos 22 um cruzamento na área a bola termina com bate rebate e Bianqui se joga de carrinho mas a bola vai por cima do gol.
GOL DO ATHLETICO – 26 minutos: Quem não faz leva; a máxima valeu também hoje. Vitor Roque ganha da marcação e passa para Canobbio que perde o gol frente a frente com o goleiro. Na sobra Erick domina com tranquilidade e bate rasteiro no ângulo da Herval com a Prudente. Athletico 1 a 0.
PRIMEIRA INTERFERÊNCIA DO VAR NA HISTÓRIA DO PARANAENSE
Aconteceu aos 32 minutos quando Vitor Roque botou a bola na frente já dentro da grande área. Dheimisson saiu no pé dele e tocou na bola e no pé do atacante. O árbitro marcou escanteio, mas o VAR viu pênalti. Cuello cobrou e mandou alta para fora, lá na Duque de Caxias com a Prudente.
SEGUNDO GOL DO ATHLETICO
Aos 41 minutos veio a pá de cal do Maringá. Vitor Roque dribla todo mundo dentro da área em diagonal, passa para Alex Santana que manda no cantinho rasteiro, exatamente como no primeiro gol e mata a partida. Athletico 2 a 0. O Dogão ainda tentou reagir e criou algumas boas chances, mas mesmo com os nove minutos de acréscimos dados pelo árbitro a partida terminou 2 a 0 para o Furacão.
Agora o Maringá precisa de um milagre no segundo jogo em Curitiba. O Dogão precisa vencer na Baixada no domingo, 26, por dois a zero para levar a decisão da vaga na final para os pênaltis.
BORDERÔ
PÚBLICO TOTAL: 13.409
RENDA: R$ 400 mil