Um avião com 60 passageiros e quatro membros da tripulação a bordo colidiu com um helicóptero do exército dos EUA quando aterrava no Aeroporto Nacional Ronald Reagan, perto de Washington, nos EUA, dando origem a uma vasta operação de busca e salvamento no rio Potomac, nas proximidades.
Todas as descolagens e aterragens no aeroporto foram interrompidas enquanto helicópteros das forças de segurança de toda a região sobrevoavam o local em busca de sobreviventes. Foram lançados barcos de salvamento insufláveis no rio Potomac a partir de um ponto próximo do aeroporto, ao longo da George Washington Parkway.
Não há, até agora, informação oficial sobre vítimas, mas o Washington Post cita fonte policial que avança que vários corpos foram retirados da água. O helicóptero e o avião comercial colidiram sobre o rio, daí as buscas estarem a realizar-se exclusivamente na água. Pelo menos três militares estariam no helicóptero que colidiu com o avião da American Eagle da PSA Airlines, companhia subsidiária da American Airlines.
“A nossa preocupação é com os passageiros e a tripulação a bordo do avião. Estamos em contacto com as autoridades e a auxiliar nos esforços da resposta de emergência”, lê-se num comunicado divulgado entretanto pelo CEO da American Airlines, Robert Isom, fornecendo um contacto telefônico que dará informações a quem tiver familiares a bordo.
A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, garantiu que iria utilizar todos os recursos disponíveis da Guarda Costeira dos EUA para os esforços de busca e salvamento.
“Estamos a monitorar ativamente a situação e estamos prontos para apoiar as equipas de intervenção locais”, afirmou Noem numa publicação no X.
We are deploying every available US Coast Guard resource for search and rescue efforts in this horrific incident at DCA. We are actively monitoring the situation & stand ready to support local responders.
Praying for the victims and first responders.
— Secretary Kristi Noem (@Sec_Noem) January 30, 2025
A Administração Federal de Aviação disse que o acidente em pleno ar ocorreu pelas 21:00, hora local, (2:00 em Lisboa) quando um avião que tinha partido de Wichita, no Kansas, colidiu com um helicóptero militar num voo de treino quando se aproximava da pista de um aeroporto.
O acidente ocorreu num dos espaços aéreos mais rigorosamente controlados e monitorados do mundo, a pouco mais de cinco quilômetros a sul da Casa Branca e do Capitólio.
Os investigadores tentarão reconstituir os últimos momentos das aeronaves antes da colisão, incluindo o contacto com os controladores de tráfego aéreo, bem como a perda de altitude do avião de passageiros.
No áudio da torre de controlo de tráfego aéreo na altura do acidente, ouve-se um controlador a perguntar ao helicóptero: “PAT25 tem o CRJ à vista”, referindo-se ao avião de passageiros.
“A torre viu aquilo?”, ouve-se outro piloto a dizer, segundos depois da aparente colisão.
A torre começou imediatamente a desviar outros aviões do Reagan.
O vídeo de uma câmara de observação no Centro Kennedy, nas proximidades, mostra dois conjuntos de luzes consistentes com aviões que parecem juntar-se numa bola de fogo.
O Aeroporto Nacional Ronald Reagan estará encerrado pelo menos até às 11:00 desta quinta-feira, confirmou diretor-executivo da Autoridade Metropolitana de Aeroportos da capital norte-americana.
O presidente Donald Trump foi informado, revelou um porta-voz da Casa Branca. Trump comentou entretanto o acidente na plataforma Truth Social: “Porque é que a torre de controlo não disse ao helicóptero o que fazer em vez de perguntar se viram o avião. É uma situação má que aparentemente devia ter sido evitada”, escreveu o presidente dos EUA.
O vice-presidente JD Vance encorajou os seguidores na plataforma de media social X a “rezar por todos os envolvidos”.
Please say a prayer for everyone involved in the mid-air collision near Reagan airport this evening. We’re monitoring the situation, but for now let’s hope for the best.
— JD Vance (@JDVance) January 30, 2025
A situação recorda o acidente de um voo da Air Florida que se despenhou no Potomac a 13 de janeiro de 1982, matando 78 pessoas. Esse acidente foi atribuído ao mau tempo.
Notícia em atualização
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