O prefeito de Maringá Silvio Barros (PP) disse hoje (31) durante a primeira reunião de 2025 dos prefeitos da Amusep que sua administração tem na mira 2187 cidadãos que recebem recursos do Bolsa Família, e que muitos poderiam não ter direito. De acordo com o prefeito, a secretaria de Assistência Social identificou uma enorme quantidade de pessoas que declaram não terem família, que vivem sozinhas e sem renda. “Vamos visitar essas pessoas para vermos se realmente têm direito ao benefício ou se estão burlando o sistema para receberem os recursos”, disse o prefeito que indicou sua vice Sandra Jacovós como chefe da missão especial que deve começar nos próximos dias.
Silvio disse aos prefeitos que provavelmente eles sofrem com o mesmo problema que a cidade de Maringá, que tem empregos para oferecer, mas não tem mão de obra. “Há muitas pessoas penduradas no subsídio do governo sem ter direito; eles não querem trabalhar e quando procuram emprego tentam impor condições inaceitáveis. Eles colocam a faca no pescoço dos nossos empresários e dizem, eu aceito trabalhar, mas não quero ser registrado” só para não perderem o direito ao Bolsa Família”, denunciou Silvio.
Silvio Barros estaria seguindo o exemplo da cidade de Bento Gonçalves (RS). Segundo ele, o prefeito do Rio Grande do Sul e sua equipe, visitam pessoas que recebem o benefício e quando constatam que não têm direito, cortam o recurso e as encaminham imediatamente ao emprego. “Eles levam o cidadão no mesmo dia a empresas que precisam de mão de obra. Fazem isso porque se deixar para a pessoa ir sozinha no dia seguinte ela não vai”, contou o prefeito.
Em conclusão, o prefeito de Maringá invocou os administradores dos 30 municípios da Amusep a aderirem à iniciativa de Maringá para darem vida a fiscalizações do mesmo tipo em suas cidades.
“O que aprendemos com a administração de Bento Gonçalves queremos compartilhar aqui com vocês. As pessoas que precisam terão seus benefícios preservados, mas quem não precisa tem que trabalhar porque o Brasil não aguenta mais“, concluiu o prefeito.
Enfim, o deputado estadual Arilson Chiorato (PT) que também participava da reunião, lembrou que o Governo Federal tem a missão de errogar os recursos, mas que quem determina quais pessoas e famílias tem direito ao benefício são as cidades, e que elas também tem dever de fiscalizar e cortar se identicarem fraudes ou incongruências.