Neste primeiro de janeiro, o Brasil volta a ocupar um assento rotativo no Conselho de Segurança das Nações Unidas. No biênio 2022-2023, o país completa sua 11ª passagem no órgão, que deixou em 2011.
Além do Brasil, assumem os assentos Albânia, Gabão, Gana e Emirados Árabes Unidos, todos eleitos em junho de 2021. Os outros cinco não-permanentes são: Índia, Irlanda, Quênia, México e Noruega.
Prioridades
O Conselho de Segurança tem 15 países com direito a voto, mas apenas os cinco permanentes têm direito ao veto: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia.
Em outubro, o embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, falou à ONU News sobre as expectativas para os próximos dois anos. Para ele, a reforma do Conselho de Segurança é necessária para o órgão ser mais inclusivo e representativo.
Costa Filho também citou o peso de blocos regionais como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp.
“Uma das prioridades que o Brasil alinhou em sua campanha é o fortalecimento da cooperação da ONU com organismos regionais. Podemos falar na OEA [Organização dos Estados Americanos], no caso da nossa região, da União Africana, há uma relação já bastante profícua entre a ONU e a União Africana, e no caso mais específico, com a Cplp. Felizmente, dentro dos países de língua portuguesa não há grandes conflitos ou pontos de tensão. O Brasil tem o privilégio e a honra de ocupar a presidência da configuração especial para Guiné-Bissau na missão de consolidação de paz. É um motivo de satisfação para nós que Guiné-Bissau esteja em um caminho de pacificação e rumo ao desenvolvimento, menos tensão e mais desenvolvimento, e contamos em poder continuar colaborar, dialogar com todos os nossos países irmãos da Cplp”.
O Escritório Integrado da ONU na Guiné-Bissau, Uniogbis, encerrou seu trabalho no país no final de 2020, cumprindo o mandato do Conselho de Segurança. Na ocasião, a ONU declarou que seguiria apoiando o país na implementação de reformas.
ONU NEWS