O código de conduta voluntário da UE sobre regulação da Internet foi criado em 2018 e 44 plataformas online estão inscritas, mas o Twitter decidiu sair há dez dias.
Quando adquiriu o Twitter, em novembro passado, Elon Musk levou a cabo reformas abrangentes para implementar a sua visão de liberdade de expressão.
Por ocasião do anúncio de novas regras de transparência digital, segunda-feira, em Bruxelas, o executivo comunitário acusa a empresa de preferir o confronto.
“Acreditamos que este é um erro do Twitter, que escolheu o caminho mais difícil. Escolheu o confronto. Este facto foi muito notado pela Comissão Europeia”, disse Věra Jourová, vice-Presidente da Comissão Europeia para os Valores e a Transparência, em conferência de imprensa.
“Sei que o código é voluntário, mas que fique claro, ao abandonar o código o Twitter atraiu muita atenção e as suas ações e a sua conformidade com a legislação da UE serão examinadas de forma vigorosa e urgente”, acrescentou Jourová.
Rotulagem voluntária
O código de conduta da UE foi, agora, enriquecido com a ideia, também voluntária, de criar um rótulo que assinale quando os conteúdos foram produzidos com recurso à inteligência artificial.
A proposta visa ajudar os utilizadores da Internet a distinguir a origem e credibilidade da informação a que acedem, seja texto, imagem ou outro tipo de dados
“Já disse muitas vezes que a nossa principal tarefa é proteger a liberdade de expressão, mas quando se trata de produção via inteligência artificial, não penso que as máquinas tenham direito à liberdade de expressão”, referiu a vice-presidente.
Além do rótulo, Bruxelas defende proatividade para implementar tecnologia que detete conteúdos gerados por esta via. EURO NEWS