Produzir mais bens alimentares para dar resposta ao impacto provocado pela guerra na Ucrânia é o objetivo central das propostas hoje, (24) apresentadas por Bruxelas pela Comissão Europeia em nome da segurança alimentar.
Bruxelas diz que o abastecimento não está comprometido, mas que são precisas respostas de curto e médio prazo para evitar escassez. Passam, por exemplo, pelo alargamento de áreas de produção.
“Abrimos a possibilidade de usar terrenos agrícolas que foram excluídos da produção por causa da obrigação de ecologização que temos na Política Agrícola Comum. Isto é sobre os 4 milhões de hectares, a área de foco ecológico, o pousio das terras que são colocadas de lado. Essas terras podem ser usadas para a produção agrícola, para a produção de alimentos e rações”, sublinhou, em conferência de imprensa, o comissário europeu com a pasta da Agricultura e do Desenvolvimento Rural.
Bruxelas também propõe um pacote de 500 milhões de euros para ajudar os produtores agrícolas mais afetados pela guerra.
Sugere ainda a concessão de adiantamentos aos pagamentos diretos e maior flexibilidade na importação de produtos destinados à alimentação animal.
Mas a União Europeia, que acusa a Rússia de querer provocar a fome, também quer ajudar a Ucrânia.
“Gostaria de salientar que a Rússia parece estar atacando deliberadamente e a destruir os stocks de alimentos e os armazéns alimentares da Ucrânia”, lembrou Valdis Dombrovskis, vice-presidente executivo da Comissão Europeia
Bruxelas propõe, por isso, o estabelecimento de um programa de ajuda de emergência de 330 milhões de euros para a Ucrânia, de forma a assegurar o acesso a bens e serviços básicos.
EURONEWS