foto: Marquinhos Oliveira – CMM
A doença foi considerada “eradicada” no Brasil em 1989, mas o vírus não conhece fronteiras, e com o crescente movimento de pessoas no território sulamericano, não é improvável que apareçam novos casos no país, assim como aconteceu com o Sarampo, que em 2016 tinha sido considerado erradicado no Brasil pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), mas que voltou a figurar entre as doenças presentes no território em 2018. De fato o Brasil perdeu o certificado de erradicação da doença.
Para recordar que ninguém precisa deixar a proteção do filhos ao acaso, pois a vacina é eficaz, e deve ser aplicada em todas as crianças seguindo rigorosamente a tabela que toda UBS tem a disposição, e também para divulgar as sequelas que as pessoas portadoras da doença podem desenvolver, foi que que a Câmara Municipal de Maringá acolheu o pedido do Vereador Doutor Jamal – PSL, e na manhã de hoje, (25), em ocasião da Jornada Mundial da Poliomielite, concedeu o Brasão do Município e o Título do Mérito Comunitário a Leila Zacarias.
Leila Zacarias,contraiu a doença com apenas três meses de idade no ano de 1965. O médico que diagnosticou a doença, disse à família que ela não sobreviveria e os mandou de volta para casa. Contrariando todos os prognósticos, Leila sobreviveu à Polio, conviveu toda sua vida com as limitações que a doença impôs e há cerca de 10 anos, desenvolveu uma síndrome pós Polio. “Nós queremos divulgar a existência dessa síndrome para poder ajudar as pessoas que enfrentam esse problema que é pouco conhecido”, disse Doutor Jamal.
A Poliomielete, o vírus ainda circula em 16 países do mundo e a falta de saneamento básico associado à movimentação de pessoas pode colaborar na difusão em outros territórios, diz o vereador e médico Doutor Jamal.
O vereador que é formado em medicina há 21 anos, lembrou a importância da vacina e os períodos em que as crianças devem ser vacinados:
“Não existe uma outra forma de previnir a Polio. A prevenção se faz com a vacinação aos 2 meses, aos 4 meses, 6 meses, aos 15 meses, aos 4 anos e anualmente no mês de agosto durante as campanhas de vacinação”, completou o edil.
“Quando ouvi falar sobre essa síndrome, descobri a explicação para diversos sintomas que eu sentia. Como sobrevivente da pólio trago no meu corpo algumas seqüelas da síndrome pós-pólio”, disse Leila durante sua fala aos vereadores.
A “O FATO”, Leila disse que pessoas que desenvolvem a síndrome pós Polio, precisam de vários tipos de ajuda, entre eles, visitas regulares a neurologistas e não fácil ter acesso contínuo ao atendimento, bem por isso é preciso divulgar a existência desse problema.