O longo período de estiagem ajudou e muito a conter o avanço da dengue na região de Maringá, mas com a chegada da Primavera e das chuvas, os ovos ressecados do Aedes Aegypti eclodem, as larvas se desenvolvem e dão vida à população de mosquitos. O alerta é lançado pelo secretário municipal de Saúde de Maringá, Antônio Carlos Nardi, que na manhã desta quinta-feira se deslocou junto com parte de sua equipe para a frente do Parque do Ingá. O objetivo da ação, é divulgar as ações que a prefeitura implementa para enfrentar uma possível emergência e reforçar informações que a população já tem sobre os cuidados que cada um deve ter, para que a casa de cada um não se torne como acontece sempre, criadouros de focos do mosquito da dengue.

A campanha ‘Primavera sem Dengue’ vai levar informação nos bairros, realizar mutirões de limpeza e começar um ciclo de Borrifações Residuais Intradomiciliares (BRI Aedes), que consiste na aplicação do inseticida Fludora Fusion em locais de grande circulação de pessoas, como UBSs, terminais de passageiros, escolas e hospitais.
O último Levantamento Lira divulgado dia 17 de setembro sobre a presença de larvas dos mosquitos, enquadra a cidade num patamar de baixo índice de infestação, mas o secretário havia lembrado na ocasião que esse panorama pode mudar para pior em apenas sete dias.
Só em 2025, Maringá já confirmou 14 mortes por dengue e mais de 4 mil casos prováveis da doença;
Hoje Nardi lembrou que as medidas para impedir que os ovos do mosquito da dengue, que a gente não vê, mas que estão lá grudados em recipientes como bebedouros de cães e gatos, vasos de flores, calhas, garrafas pets, lixeiras e ralos, precisam receber atenção especial com ações de higiene.

“É preciso criar o hábito de pelo menos uma vez por semana limpar todo e qualquer recipiente que junte água parada; desentumpindo as calhas, limpando pratinhos de vasos de flores e quintais, descartando corretamente latinhas, copos e garrafas. Nas vasilhas dos animais domésticos é preciso ter cuidado especial, porque é necessário lavar com sabão, passar a bucha porque as larvas tendem a grudar na parede dos recipientes, e mesmo que a gente não consiga ver, elas estão ali e delas nascem larvas que viram mosquito, que trazem a doença. A fêmea do mosquito deposita os ovos nas laterais dos recipientes e eles se mantém vivos por até um ano; o único modo de eliminar-los e lavando tudo muito bem com água e sabão”, explicou o secretário.
“Nossas equipes estão todas aqui fazendo esse trabalho de levar informação. Hoje panfletando no Parque do Ingá, e de agora em diante nas 35 Unidades Básicas de Saúde com essas estações de informação para que as pessoas criem o hábito de manter seus espaços intradomiciliares limpos”, disse o secretário de Saúde ressaltando que é necessário cuidado especial com o lixo intradomiciliar e com a água que se deposita atrás das geladeiras.
As ações de combate à dengue em Maringá serão coordenadas pela Secretaria de Saúde, mas vai contar com apoio de outras pastas, como a do Meio-Ambiente, Educação e Infraestrutura e Limpeza Pública.



