Perto de cinco mil bombeiros combatiam cerca de 130 ocorrências às 20h e foram registadas ao longo do dia 205 chamadas, informou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) no último balanço da noite.
De acordo com a informação avançada pelo comandante André Fernandes, estavam no terreno a combater os cerca de 130 fogos ativos (de mato, florestais e rurais) 5.307 operacionais, apoiados por 1.600 viaturas.
19 ocorrências são consideradas significativas, com mais de 2.000 operacionais em ação. A situação mais crítica, segundo a Proteção Civil, é o complexo de incêndios “na fronteira entre a área metropolitana do Porto e a região de Aveiro.”
“O complexo de incêndios de Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Oliveira de Azeméis, que tem uma área estimada atingida de 10 mil hectares, sendo que este complexo de incêndios tem um potencial estimado de 30 mil hectares que podem arder”, afirma em conferência de imprensa o comandante André Fernandes.
O governo vai prolongar a declaração de situação de alerta até às 23h59 de quinta-feira, dia 19, anunciou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
No âmbito da declaração de situação de alerta, foram implementadas várias medidas de caráter excecional.
Entre elas está a proibição do acesso, circulação e permanência no interior de espaços florestais ou caminhos rurais, a realização de queimadas e qualquer tipo de trabalho florestal com recursos a maquinaria.
Está também proibida a utilização de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê até quarta-feira um agravamento significativo do perigo de incêndio rural no continente, devido a condições meteorológicas adversas, como vento forte e temperaturas elevadas.
O sistema europeu de emergência Copernicus EMS também publicou um mapa do risco extremo de incêndio, em que o centro e norte de Portugal estão em evidência.