Cinco escolas incendiadas no espaço de dois dias fizeram soar os alarmes na cidade belga de Charleroi, sessenta quilômetros a sul de Bruxelas. Às chamas juntam-se graffitis com palavras de ordem contra o programa de educação sexual para estudantes a partir do sexto ano de escolaridade para tentar justificar o vandalismo.
A criação da disciplina de Educação à Vida em Relação, Afetiva e Sexual foi recebida com um coro de críticas pelo que dizem ser uma híper sexualização das crianças. Os promotores da iniciativa, que conta com um orçamento anual de quase cinco milhões de euros, consideram que o objetivo passa por educar os mais de cem mil jovens abrangidos.
Julie Patte, vice-presidente da Câmara para a Educação em Charleroi, explica que “a ideia é ter um guia que ajude os professores a encontrar as palavras certas, não se trata de forma alguma de híper sexualização, como algumas pessoas querem fazer crer. No dia-a-dia, somos confrontados com questões muito legítimas de crianças que, por vezes, não compreendem as coisas que vêem, as imagens, o conteúdo, e é papel do professor poder ajudá-las”.
O primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, admitiu estar chocado com os ataques às escolas. Até ao momento ainda não foi identificado nenhum suspeito. EURO NEWS