CINEMA NA PRAÇA: Projeto alcançou quase 50 mil paranaenses na rota de 65 cidades coberta pela Casa do Verbo

Projeto do Governo do Paraná teve financiamento da Lei Federal Paulo Gustavo em 2024

Com média de 730 espectadores por cidade,.terminou ontem, 27, em Presidente Castelo Branco a 4ª edição do projeto CINEMA NA PRAÇA. A Carreta do projeto do Governo do Paraná na rota de 65 cidades cobertas pela Agência Cultural Casa do Verbo começou sua viagem pelo Paraná em 15 de fevereiro e levou sessões gratuitas de filmes a 47.500 paranaenses que vivem em municípios que não possuem salas de cinema.

O objetivo do projeto que em 2024 teve financiamento da Lei Federal Paulo Gustavo através do Ministério da Cultura era exatamente o de oferecer oportunidades de inclusão cultural a pessoas que vivem em pequenas cidades onde o acesso a eventos é muito escasso.

Além das mais de 140 projeções nas 65 cidades visitadas, o projeto possui outros números relevantes. A empreitada reuniu os esforços de mais de 20 profissionais da indústria da Cultura em seus diversos âmbitos; sete deles atuaram diretamente nas ações de execução.

Equipe do Cinema na Praça durante a cerimônia de abertura antes das exibições em Castelo Branco

Por onde passou, a equipe fez a economia girar, pagando diárias de hotéis, contratando mão de obra de apoio para montagem e desmontagem da estrutura, com refeições em restaurantes, abastecimentos em postos de combustíveis, despesas em supermercados, farmácias, oficinas mecânicas, lanchonetes, em contratos com empresas de carro de som, intérpretes de Libras, gráficas e veículos de comunicação.

Elizabeth Rocanski e seu marido Marcelo Rocanski são de Marialva. Eles percorreram as 9 cidades da última rota da viagem do CINEMA NA PRAÇA vendendo algodão doce e brinquedos. “Vendas muito boas, dobramos o faturamento com a presença do CINEMA NA PRAÇA”, comentou Elizabeth

A economia criativa também se beneficiou da presença do CINEMA NA PRAÇA. Por onde a carreta do Cinema passou, atraiu vendedores de lanches, algodão doce, sorvete, brinquedos, feiras de agricultores e feiras de artesanato.

Mas o número mais impressionante está ligado também à predileção de quem vai ao cinema. A produção do projeto distribuiu em modo gratuito ao público cerca de 95 mil pipocas em copinhos personalizados do projeto.

Além dos impostos sobre serviços e movimentação de mercadorias que o projeto possibilita, há também outras taxas que foram recolhidas para pagamento dos direitos de exibição dos filmes e também sobre direitos autorais de músicos.

Toda essa movimentação faz com que a Cultura se posicione como quinta indústria em arrecadação de impostos.

INDÚSTRIA DA CULTURA MOVIMENTA O PIB NACIONAL, GERA EMPREGOS E ARRECADAÇÃO

Um estudo do Obseratório Itaú Cultural apontou que a indústria criativa do Brasil movimentou em 2020 R$ 230,14 bilhões, equivalente a 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB). Os dados são do Observatório Itaú Cultural 

O PIB da economia da cultura e das indústrias criativas supera, por exemplo, o índice da indústria automobilística que registrou um valor de 2,1% no mesmo período. Além disso, o levantamento aponta que em 2022 o setor gerou 308,7 mil novos postos de trabalho em comparação com 2021. Foram 7,4 milhões de empregos formais e informais no país, o que equivale a 7% do total dos trabalhadores da economia brasileira. Em 2020 existiam mais de 130 mil empresas de cultura e indústrias criativas em atividade no país e a área foi responsável por 2,4% das exportações líquidas do país.

Na cerimônia da abertura das últimas exibições de 2024 ontem em Castelo Branco, o diretor da Casa do Verbo e coordenador geral do projeto Francisco Pinheiro fez subir ao palco os profissionais que colaboraram para o sucesso do projeto.

“Peço ao público de Castelo Branco que me conceda três minutos para apresentar uma parte dos profissionais que atuaram na realização do projeto. Sem eles, esse projeto teria alcançado o projeto que teve. Eles enfrentaram a estrada com muitas adversidades, calor, frio e até inundação para levar os filmes gratuitos até o público de 65 cidades, e hoje, depois de oito meses longe de casa e cansados, estão aqui para trazer para oferecer o melhor que esse projeto têm para dar”, explicou Francisco Pinheiro.

No vídeo abaixo, o momento da fala de Francisco Pinheiro:

 

ESTRUTURA E ACESSIBILIDADE

As medidas de acessibilidade para pessoas PCD, também serão respeitadas. As projeções do projeto “Cinema na Praça”, contaram com equipamento para audiodescrição para atender o público cego ou com visão reduzida e também com legendas descritivas para o acesso de pessoas com deficiência auditiva.